Ao contrário
do que muitos pensam, a diversidade do universo
umbandista permite um mínimo de
unidade doutrinária, de ritos, usos e costumes uniformes que caracterizam a
maioria das práticas umbandistas. Pode-se afirmar, sem exclusões traumáticas,
que isso ocorre ao natural na maior parte dos centros por este Brasil afora,
cada dia se fortalecendo mais, desde o advento histórico do Caboclo das Sete Encruzilhadas. São
estas as bases:
1- A umbanda
crê em um Ser Supremo, o Deus único, criador de todas as
religiões monoteístas. Os sete orixás
são emanações da Divindade, como todos os seres criados.
2 - O
propósito maior dos seres criados é a
evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se efetiva pelas vidas
sucessivas: a Lei da Reencarnação, o
caminho do aperfeiçoamento.
3 - Existe uma Lei de Justiça Universal, que
determina a cada um colher o fruto de suas ações, conhecida como Lei do Carma.
4 - A umbanda
se rege pela Lei da Fraternidade
Universal: todos os seres são irmãos
por terem a mesma origem, e devemos fazer a cada um aquilo que gostaríamos
que fosse feito a nós.
5 - A umbanda possui identidade própria e não se
confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite
fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles.
6 - A umbanda está
a serviço da Lei Divina e só visa ao Bem.
Qualquer ação que não respeite o livro-arbítrio das criaturas, que implique em
malefício ou prejuízo de alguém ou se utilize de magia negativa, não é
umbanda.
7 - A umbanda não realiza em qualquer hipótese o
sacrifício ritualístico de animais nem utiliza quaisquer elementos destes
em ritos, oferendas ou trabalhos.
“Homens, uma
vez que já fostes animais irracionais, não façais aos irmãos menores do orbe o
que não gostaríeis que vos fizessem. Imaginais os anjos que já foram homens
vindo vos cortar em nome de Deus? “
8 - A umbanda
não preconiza a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às forças da natureza implica
preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.
9 - Todo o
serviço da umbanda é de caridade,
jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimentos,
consultas ou trabalhos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.
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