Abaluaiê na umbanda é sincretizado com São Lázaro |
Abaluaiê de Jerry D'oxossi |
É o deus da varíola, da peste, das doenças da pele e todas
as doenças em geral. Senhor
da Terra, dos mortos. Omolú e Obaluaê, ( São Roque e São Lázaro
respectivamente) são as manifestações velho e o jovem de um mesmo Orixá,
chamado Xapanã. Suas cores são o vermelho, o amarelo e o preto, vêm sempre com
um saiote de palha da costa e tampa seu rosto com palha também. Seus colares
são também de búzios e contas de louça branca intercaladas com pretas ou,
então, brancas intercaladas com pretas e vermelhas.
Cor: Branco, preto ,vermelho,
amarelo
Guia: As cores acima.
Domínios: Cemitérios
Domínios: Cemitérios
Atuação: Contra doenças e feitiços
Saudação: Atotô- iê ou Atotô meu senhor
Dia: Segunda feira
Chacra atuante : básico ou sacro
Planta: alfavaca , beldroega , beringela.
Retirado do Blog Lar Umbandista Pai Xango Caboclo Pena Branca
- Omolu - A Terra Geradora da Vida
Muitos já escreveram sobre o Orixá Omolu. Vamos
escrever um pouco também.
Fiel
depositário do nosso corpo quando dele se desprende o espírito, este Orixá
da Terra é quem nos guarda até que sejamos chamados pelo nosso verdadeiro
Senhor, o Criador, após purificarmos nossa
alma dos vícios terrenos que muitas vezes nos atrasam em milênios na
caminhada rumo a Ele.
Em todas as culturas, os povos têm o seu campo santo,
o seu cemitério, como um lugar sagrado. É ali que são devolvidos os corpos já
sem vida ao Doador da Vida. Todos os campos santos são respeitados como lugares
sagrados que não devem ser profanados.
Todas as civilizações cultuam seus mortos. Nas
civilizações já extintas os arqueólogos e historiadores encontram muito que
estudar nestes "campos santos".
Por que isso sempre ocorreu?
Porque o
cemitério representa o ponto de transição do espírito quando este deixa a
matéria.
É por isso que os egípcios e muitos outros povos do
passado cuidavam dos seus mortos com tanto zelo. Eles conheciam os mistérios
que envolvem a passagem do plano material ao plano espiritual.
Foi esse zelo em relação ao seus "mortos"
que permitiu que hoje nós pudéssemos conhecer um pouco mais sobre o seu
passado, através dos seus túmulos. Neles estão registradas muito mais coisas a
respeito do passado que em qualquer outro lugar, e somente não foram totalmente
destruídos por um capricho do tempo, que os preservou.
Assim, informações importantes do passado da
humanidade chegaram ao nosso conhecimento através dos campos santos e seus
túmulos.
Se alguém achar enterrada uma arma ou uma panela,
saberemos para que servem. Mas, para conhecermos um povo, os seus sentimentos,
sua religião, sua alma, precisamos saber como se relacionavam com seus mortos.
Muitas civilizações do passado desapareceram por
completo por não terem, como os egípcios, monumentos aos mortos que nos
mostrassem um pouco do seu modo de ser.
No Egito, a religião buscava zelar pela alma dos que
partiam, como nenhum outro povo o fizera até então.
Assim, ficou registrada toda a grandeza de seu povo,
sua alma e sua essência. O Livro dos
Mortos nos diz muito sobre o que pensavam em relação à vida após a morte.
Talvez não diga tudo sobre seu modo de ser e pensar, mas o pouco que conhecemos
já nos dá uma noção do seu conhecimento em relação à passagem de um plano para
outro. Seu respeito em relação ao corpo sem vida e à alma é revelador do seu
conhecimento a respeito dos mistérios sagrados.
Todos os povos
tiveram, e têm, o seu campo santo, o seu cemitério.
Podemos olhar um índio que não teve contato com a
"civilização" ou um africano, ou um polinésio, ou um nativo de
qualquer povo do passado como sendo inculto por não saber ler ou escrever.
Mas não podemos igualar nosso conhecimento ao que
eles possuíam em relação à vida no seu lado espiritual ou sobrenatural.
Os mistérios sagrados, como uma chuva do Saber
Divino, se abriram para todos os povos ao mesmo tempo, e em todos os lugares.
Os orientais têm o hábito de alimentar seus
ancestrais, cultuando seus mortos. Este é um culto baseado num dos mistérios
sagrados: o mistério que revela que há vida após a morte. Os mortos merecem o
nosso respeito e devem ser lembrados com amor, pois é o nosso amor e respeito
para com eles que os auxiliam na sua caminhada rumo ao Criador.
Existem algumas crenças que pregam o absurdo de que
após o desencarne os espíritos caem num sono eterno à espera da ressurreição ou
do juízo final.
Seus seguidores "despertarão" assustados
quando virem os seus corpos numa cova, sem saber que já estão em outro plano
vibratório.
Deus não nos proíbe de criar a fantasia que
quisermos, e nem de vivê-las. Porém, com o tempo, Ele nos impõe a realidade de
Suas leis imutáveis. Podemos tapar os olhos se quisermos e podemos acreditar
naquilo que nos ensinam, se assim nos convier. Mas não fugiremos à Lei Imutável
de que há vida após a morte; de que, após um período no astral, voltamos à
carne, ao corpo material, para continuarmos nossa caminhada rumo ao Criador.
Que creiam, quantos queiram, que tudo acaba com a
morte do corpo. Depois levarão um choque para despertar para a verdadeira vida
eterna, a existência do espírito, com suas muitas descidas à carne para o seu
aperfeiçoamento e crescimento diante de Deus.
Quanto a nós, agora falaremos um pouco sobre Omulu.
Do seu ponto
de forças no Campo Santo, ele coordena todas as almas, não importa como. O
que importa é que ele tem um campo de ação muito grande como Senhor das Almas.
É ele que mantém os espíritos nos "cemitérios" após o desencarne, se
assim a Lei ordenar.
Também é o
Senhor regente daquilo que nós, criados numa cultura cristã, chamamos de purgatório, ou umbral.
As regiões escuras do astral negativo do Campo Santo
também estão sob sua regência. Ali todos
os orixás têm seus subpontos de força. Lá estão Yansã D'Balê, Ogum Megê,
Xangô da Terra, Oxossi com seus caboclos das almas, assim como a maior linha de
trabalhos espirituais, a linha dos pretos velhos, regida por Obaluaê.
Nos outros rituais ou religiões, são sempre espíritos
amadurecidos que trabalham no recebimento das almas e na sua acomodação nos
devidos planos vibratórios. Mas todos são regidos por uma das forças do
Criador: Omolu, o Senhor do Ponto de Força do Campo Santo.
Em outras religiões o seu nome muda, mas ele sempre é
o mesmo.
Para auxiliá-lo, ele tem à sua direita Ogum Megê, que
é o guardião das Passagens, e, à sua esquerda, o Exu Guardião das 7 Porteiras.
No cruzeiro,
tem à sua direita Ogum Megê, e à sua esquerda Yansã D'Balê.
Não é possível negar aquilo que os videntes nos
transmitem.
Ele existe e é atuante. É uma força do mundo astral
e, como tal, tem o seu campo de ação muito bem definido.
Quem diz conhecer os mistérios da morte não pode
desconhecer o Senhor Omolu, chefe de todos os executores da Lei dentro da Linha
das Almas. Ele é o verdadeiro executor das almas que, por vários motivos,
caíram, e que têm que purgar os seus erros no astral inferior.
Também é ele quem recolhe o espírito daqueles que,
quando na carne, ofenderam o Criador, e que cairão nos planos sem retorno.
Dentro da Linha das Almas, seu poder é imenso.
Os espíritos que, após deixarem o corpo, se recusam a seguir esta Lei Maior,
apenas se atrasam já que voltam aos lares ou lugares em que moravam, perturbando os parentes ainda na carne,
ou ficam vagando sem rumo no Tempo.
Aqueles que se
submetem à Lei encontram o seu lugar no astral e não mais interferem na
vida dos que ficaram neste plano. Os que se resignam com o seu estado recebem,
no devido tempo, o amparo das falanges ou correntes espirituais que agem sob o
comando do Senhor do Campo Santo.
Muitos espíritos que desrespeitaram o Criador são
aprisionados pelos executores do carma no Campo Santo. Transformaram-se em
escravos de sua própria ignorância em relação aos mistérios sagrados.
A sétima linha da magia é dele. Aqueles que trabalham
com magia não o desconhecem, mesmo que sob outro nome. O importante é que toda
a magia envolvendo os mortos está em seu reino, o ponto de força dos
cemitérios.
Quando alguém
vai a um cemitério e acende uma vela para um amigo ou parente que morreu, está
fazendo um ato de magia. Quando leva flores também, porque a alma colhe a
essência daquilo que está sendo oferecido.
Estes são atos mágicos, porque magia é tudo o que
ofertamos ou retiramos do mundo astral.
Quantos não vão pedir o auxílio das almas para
solucionar os seus problemas, tanto de ordem material quanto espiritual? E isso
em todos os rituais. Não há exceção. Todos fazem isso. Cada um ao seu modo, mas
todos fazem!
Não há pecado
em pedir auxílio para um fim nobre, porque isso pode servir para despertar
o espírito encarnado para o mundo maior. Mas existem aqueles que vão ao
cemitério para prejudicar os
semelhantes. A estes devemos lembrar que um dia sentirão o peso da Lei, podendo
ter suas almas aprisionadas aos planos inferiores dos cemitérios.
As entidades que nos revelam algo dessas regiões
dizem que são, juntamente com os lodaçais, as regiões mais sufocantes, onde os
espíritos devedores purgam tudo o que devem da forma mais horrível que há.
Uma pergunta apenas: Será que muitos desses que hoje
estão na carne para sua evolução já não conheceram essas regiões em outros
tempos, e por isso tanto falam contra os rituais que cultuam os ancestrais e a
Natureza?
Quem sabe, não? Quem condena de forma inconseqüente é
porque conhece, ainda que não saiba de que maneira. A "pele de
cordeiro" oculta muitos que foram tiranos em outras vidas. Abençoada
"pele de cordeiro"! Bendito corpo físico! Sagrada é a Lei do Doador
da Vida que, para nossa evolução, oculta de nós os erros que cometemos contra
as Suas leis imutáveis, ou mesmo, em nome delas.
Os que ganham
dinheiro usando Seu santo nome, um dia irão conhecer quem é o Senhor Omolu.
É ele quem cuida dos que caíram e ficaram para trás, até que o Pai Eterno lhes
seja generoso e venha resgatá-los das Trevas para uma nova oportunidade
evolutiva.
O Criador não
esquece de suas criaturas! Apenas as confina um pouco para que, através da
dor e do sofrimento, possam olhá-Lo com mais respeito e amor, mas não com
temor.
Os orixás que são cultuados, tanto na Umbanda quanto
no Candomblé, ou no Ritual Africano Puro, são os guardiões dos pontos de força
da Natureza.
A essência é sempre a mesma, o que muda são os nomes
ou as formas.
As atribuições de um orixá são encontradas nos deuses
gregos, nos anjos judaico-cristãos, ou no Brasil pré-colonial.
Não importa onde você esteja vivendo, lá existe um
Senhor dos Mortos, lá está Omulu!
Texto retirado do Livro Umbanda Sagrada , autor Rubens Saraceni
OMULU |
Sempre soube que Omulu no sincretismo é São Lázaro, e Obaluaiê é São Roque.
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