Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

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terça-feira, 24 de março de 2015

21- DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO: COMO SER UM BOM MÉDIUM ?



Desenvolvimento mediúnico favorável: quais seriam as virtudes mínimas para um bom médium e um bom desenvolvimento mediúnico?
              Desnecessário vos dizer que a bondade, a tolerância e a ternura são as principais virtudes que aproximam do médium os espíritos benfeitores e amorosos; no entanto, o mandato mediúnico ainda exige para o seu bom êxito outras qualidades que burilam e engrandecem a criatura no serviço cristão em favor do próximo. O médium deve ser sigiloso, discreto e perseverante, a fim de resguardar aquilo que por vezes lhe é transmitido de modo confidencial e que, por piedade, não deve ser divulgado. Sem dúvida, o estudo incessante das obras espiritistas formará a base segura do discernimento do médium, facultando o ensejo dele receber mensagens de entidades elevadas e condutoras de homens.
Pede cuidados desde a alimentação até a higiene psíquica, porquanto a saúde psicofísica do candidato é fator preponderante na composição dos fluidos magnéticos e vitais que lhe alicerçam o intercâmbio mediúnico. Cumpre-lhe afastar-se dos ambientes viciosos, infestados de entidades malfeitoras e de baixos apetites do astral inferior; evitar os excessos alcoólicos e do fumo, assim como abster-se de alimentação carnívora (pelo menos em dia de trabalho no terreiro- nota da blogueira). Os fluidos exsudados pela carne do animal sacrificado são de natureza mórbida, impregnados da angústia e do sofrimento. Misturam-se às vibrações sensíveis do espírito do médium e assim lhe obscurecem o campo magnético do contato perispiritual com os desencarnados de boa índole. Sob tal condição predomina o animismo do candidato em desenvolvimento, ou faculta a ação mediúnica dos espíritos zombeteiros ou turbulentos. E, finalmente, o bom filho, bom irmão, bom esposo e bom cidadão, sempre há de ser um bom médium.
É de pouca valia o desenvolvimento mediúnico na criatura que ainda não exercitou a paciência, não desenvolveu a bondade, nem perdoou os seus adversários; e ainda é caprichosa, ociosa, ou provocadora de intrigas.
Algumas vezes os candidatos a médiuns confundem hipersensibilidade mediúnica com a sua própria irascibilidade, descontentamento, amor-próprio, ressentimentos ou mau gênio, atribuindo aos espíritos desencarnados a culpa de suas próprias mazelas espirituais.
Deste modo, aqueles que se apresentam nos centros ou terreiros buscando o desenvolvimento mediúnico, em primeiro lugar devem avaliar o seu grau de paciência, tolerância, renúncia e perseverança em assistir os trabalhos mediúnicos, para então auferir os conhecimentos ali divulgados, corrigir sua conduta moral e afeiçoar-se aos demais conhecimentos espirituais.

“Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina e pelos Guias, milhões de vezes, apesar de todas nossas imperfeições. E conservar o coração no vinagre da intolerância e da maledicência, é provocar própria queda...” (André Luiz).

O MÉDIUM não é um missionário, na acepção exata da palavra. Salvo raras exceções, o médium é um espírito devedor comprometido com o seu passado. Assim, a sua faculdade mediúnica é um ensejo de reabilitação concedido pelo Alto, no sentido de acelerar a sua evolução espiritual. Portanto, além de se dar cumprimento aos deveres inerentes à dita faculdade, terá de enfrentar também as contingências que a vida impõe a todos, pois os problemas que lhe dizem respeito só podem ser solucionados e vencidos mediante a luta e não pela indiferença ou preguiça, nem pela ajuda dos seus guias, pois estes somente ajudam os seus pupilos quando eles fazem jus pelo esforço próprio.


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