Desenvolvimento mediúnico favorável: quais seriam as virtudes mínimas para um bom médium e um bom desenvolvimento mediúnico?
Desnecessário vos dizer que a bondade, a tolerância e a ternura são as principais virtudes que aproximam do médium os espíritos benfeitores e amorosos; no entanto, o mandato mediúnico ainda exige para o seu bom êxito outras qualidades que burilam e engrandecem a criatura no serviço cristão em favor do próximo. O médium deve ser sigiloso, discreto e perseverante, a fim de resguardar aquilo que por vezes lhe é transmitido de modo confidencial e que, por piedade, não deve ser divulgado. Sem dúvida, o estudo incessante das obras espiritistas formará a base segura do discernimento do médium, facultando o ensejo dele receber mensagens de entidades elevadas e condutoras de homens.
Pede cuidados desde a alimentação até a higiene psíquica, porquanto a
saúde psicofísica do candidato é fator preponderante na composição dos
fluidos magnéticos e vitais que lhe alicerçam o intercâmbio mediúnico.
Cumpre-lhe afastar-se dos ambientes
viciosos, infestados de entidades malfeitoras e de baixos apetites do
astral inferior; evitar os excessos
alcoólicos e do fumo, assim como abster-se
de alimentação carnívora (pelo menos
em dia de trabalho no terreiro- nota da blogueira). Os fluidos exsudados
pela carne do animal sacrificado são de natureza mórbida, impregnados da
angústia e do sofrimento. Misturam-se às vibrações sensíveis do espírito do
médium e assim lhe obscurecem o campo
magnético do contato perispiritual com os desencarnados de boa índole. Sob
tal condição predomina o animismo
do candidato em desenvolvimento, ou faculta a ação mediúnica dos espíritos zombeteiros ou turbulentos.
E, finalmente, o bom filho, bom irmão, bom esposo e bom cidadão, sempre há de
ser um bom médium.
É de pouca valia o desenvolvimento mediúnico na criatura
que ainda não exercitou a paciência,
não desenvolveu a bondade, nem perdoou os seus adversários; e ainda é caprichosa, ociosa, ou provocadora de intrigas.
Algumas vezes os candidatos a médiuns confundem hipersensibilidade
mediúnica com a sua própria irascibilidade, descontentamento, amor-próprio,
ressentimentos ou mau gênio, atribuindo aos espíritos desencarnados a culpa de
suas próprias mazelas espirituais.
Deste modo, aqueles que se apresentam nos centros ou terreiros buscando
o desenvolvimento mediúnico, em primeiro
lugar devem avaliar o seu grau de paciência,
tolerância, renúncia e perseverança em assistir os trabalhos mediúnicos,
para então auferir os conhecimentos ali divulgados, corrigir sua conduta moral e afeiçoar-se aos demais conhecimentos
espirituais.
“Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela
Bondade Divina e pelos Guias, milhões de vezes, apesar de todas nossas
imperfeições. E conservar o coração no vinagre da intolerância e da maledicência, é provocar própria
queda...” (André Luiz).
O MÉDIUM não é um missionário,
na acepção exata da palavra. Salvo raras exceções, o médium é um espírito devedor comprometido com
o seu passado. Assim, a sua faculdade mediúnica é um ensejo de reabilitação concedido pelo Alto, no sentido de acelerar a sua evolução espiritual.
Portanto, além de se dar cumprimento aos deveres inerentes à dita faculdade,
terá de enfrentar também as contingências que a vida impõe a todos, pois
os problemas que lhe dizem respeito só podem ser solucionados e vencidos mediante a luta e não pela indiferença
ou preguiça, nem pela ajuda dos seus
guias, pois estes somente ajudam os seus pupilos quando eles fazem jus pelo
esforço próprio.
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