Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

segunda-feira, 23 de março de 2015

10- CONGÁ - O ALTAR DO UMBANDISTA



 OS FUNDAMENTOS DO CONGÁ: o congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na umbanda. Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos orixás na Terra, na área física do templo. Vejamos cada um deles:

-atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.

-condensador: condensa as ondas mentais que se "amontoam" ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.

-escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar à frente do congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em potente influxo, como se fosse um pára-raios.

-expansor: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.

-transformador: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra;

-alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.

            Todo o trabalho na umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes).  Nada adianta um congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.
            Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.  

 (LIVRO: UMBANDA PÉ NO CHÃO, Ramatis, Norberto Peixoto)

MÉDIUNS: AO ENTRAR e SAIR do terreiro deve-se bater a cabeça no Congá (3X) saudando Zambi, Oxalá e todos os Orixás e entidades da umbanda, pedindo licença e proteção.

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