IANSÃ sincretizada na umbanda com Santa Bárbara |
Iansã / Oyá de Jerry D'oxossi |
Senhora dos Ventos e das Tempestades, a Deusa Guerreira. Seu
filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a
atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e
gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco
importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é
muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a
agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo
tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando
fica tentado por uma aventura.. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer
situação de peito aberto. Ciumento demonstra certo egoísmo porque não se
importa com que os outros sofram pelo seu gênio reconhecidamente mal-humorado.
É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a
impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social. Por ser tão
marcante seu gênio, se este fosse controlado, o que não é difícil, seria pessoa
muito mais feliz e querida.
Deusa dos raios e trovões, Iansã Deusa guerreira. Pois
quando a falange de Iansã incorpora tem a postura de uma guerreira que está
chamando os raios. Pode também ser vista na linha das águas.
Cor: amarelo ouro. Símbolo: é o raio
Guia: Contas de Cristais douradas.
Saudação: eparrei oyá
Dia: quarta-feira
Número é: 7 e 9
Vestes: Roupas com predominância do amarelo ouro.
Flores: Crisântemos amarelos e todas as flores amarelas.
Plantas: bambú, dormideira, romã, pata de vaca, rosa branca ou amarela
Local: Pedreiras.
Chacra atuante: frontal e cardíaco
Saudação: eparrei oyá
Dia: quarta-feira
Número é: 7 e 9
Vestes: Roupas com predominância do amarelo ouro.
Flores: Crisântemos amarelos e todas as flores amarelas.
Plantas: bambú, dormideira, romã, pata de vaca, rosa branca ou amarela
Local: Pedreiras.
Chacra atuante: frontal e cardíaco
Representação no ponto riscado: raios
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- Yansã - A Lei em Ação
O Orixá que
faz do Tempo seu Campo de Atuação
O Tempo é a execução da Lei para aqueles que
subverteram seus princípios básicos.
Todos nós estamos sujeitos ao julgamento da Lei. A
todo instante a Lei está se fazendo executar, tanto na forma de castigo como de
recompensa.
As almas daqueles que deixam o corpo vagam pelo Tempo
à procura do seu plano vibratório. Muitas não se conformam com o plano a elas
reservado após o desencarne. Quando descobrem que não há alternativas, começam
a ser trabalhadas pelo Tempo.
O Tempo age de forma imperceptível sobre as almas,
conduzindo-as conforme os desígnios dos executores do carma.
Aos que
aceitam passivos a execução da Lei, o Tempo é generoso.
Mas aos que se revoltam contra a sua sentença, o
Tempo os paralisa, colocando-os num plano em que nada existe além de escuridão
e um frio petrificante.
O Tempo é a
própria sentença em execução.
Quando temos pesados débitos para saldar, o Tempo é
eterno no astral. Chegamos a perder o contato com a realidade das coisas, e
ficamos vagando na escuridão.
O Tempo é o meio entre o Alto e o Baixo.
Seu reino não
pertence nem à Luz nem às Trevas. Quem reina ali É o soberano orixá Tempo.
Implacável, mas justo na sua execução.
Quantos não gostariam de escapar das malhas do Tempo,
sem saber que ele age tanto na Luz quanto nas Trevas. O Tempo não tem limites!
- Na Linha de Lei, Xangô é o juiz, mas Yansã das Pedreiras é quem executa as sentenças.
Xangô não "carrega" Eguns ou almas penadas,
mas sim Yansã, a Senhora Executora do Castigo. A ela compete agir com O rigor
exigido para o reequilíbrio astral dos espíritos.
Muitos apelam a ela no seu ponto de força na Natureza
sem conhecer muito bem os seus poderes.
Ela não é um espírito, mas sim um orixá da Lei, que tem como função levar a todos os planos
as mensagens do Guardião das Leis.
Por isso, quando
se diz que as pedreiras são também o seu reino de ação, esta afirmação é
verdadeira, mas é necessário que se entenda por quê.
Neste seu
ponto de força da Natureza podemos
clamar por justiça, ou por clemência. Por justiça quando estamos sendo perseguidos por entidades das
Trevas sem nada devermos. Ao pedirmos o seu auxílio, o julgamento é instantâneo. Se realmente nada devermos, estas entidades sofrerão um choque devastador e
serão jogadas de encontro aos rigores da Lei. Mas se for uma demanda do passado
longínquo sob a forma de vingança no presente, então deveremos ter uma boa
conduta para recebermos seu amparo.
Quando vamos até ela pedir por clemência, o nosso passado impresso no Livro da Lei, sem que
percebamos, é aberto de imediato, e a partir daí ela julga se realmente
merecemos clemência, se já saldamos tudo
o que devemos em relação ao nosso passado; enfim, se estarmos quites com a
Lei. Caso contrário será perda de tempo com a Senhora da Justiça.
- Outra forma de manifestação de Yansã, no seu ponto de força da Natureza, é Yansã das Cachoeiras.
A seu respeito, pouco pode ser revelado, porque ela
age através da força da água na Natureza. Ela
distribui aos Eguns o fluido que sacia sua sede por clemência diante da Lei, e
os purifica antes de encaminhá-los aos seus planos.
Quanto aos que vão em busca do seu auxílio, antes
devem pedir licença a Oxum, a guardiã do ponto de força da natureza das
cachoeiras, local onde o magnetismo da queda d'água beneficia a quem souber
captá-lo.
Todos os descarregos ou banhos de descarga feitos na
cachoeira retêm almas ou Eguns que são entregues a Yansã das Cachoeiras, para
encaminhá-los aos seus locais de origem, e lá cumprirem seus carmas.
- Outra forma é Yansã das Almas, ou do Cemitério, Yansã D'Balê.
Ela é
encarregada de executar a Justiça dentro do campo santo, ou cemitério. Ali
ela é a própria espada da justiça, agindo de forma rigorosa sobre aqueles que lá ficaram presos pelos débitos adquiridos
em sua passagem na carne. Quem usou a força do campo santo para atingir a
quem quer que seja, fatalmente conhecerá o rigor com que ela age como executora
da Lei no campo santo.
Yansã D'Balê é a executora das sentenças do Xangô de
Lei.
Seu poder é imenso, dentro do campo santo. Tem à sua direita os Exus de Lei, e à sua
esquerda os Eguns redimidos que, ao servirem-na, procuram apagar as marcas
da Lei no serviço ordenador.
Quem vai até o Campo Santo buscar sua ajuda para
vencer demandas, e está dentro da justiça, antes deve pedir licença ao senhor guardião do ponto de força, Senhor Omolu, Se clamam por justiça, dela recebem o
amparo sob a forma de ajuda das almas que lá trabalham pela Lei. Quando pedem injustamente, o nome é
imediatamente escrito no Livro da Lei para posterior ajuste de débitos. Sete anos após o pedido injusto, começa a
sua cobrança.
Se todos a conhecessem realmente, não a invocariam por
motivos fúteis, pois, como a Lei, ela é
rigorosa em sua cobrança, e imparcial em sua execução. Quem já foi cobrado
que o diga!
- Quanto a Yansã do Tempo propriamente dita, ou Oiá N'Bilê, atua através do Ar. Seu ponto de força é qualquer lugar. Sua força é a própria força do Ar, que arrasta tudo. Seu poder é imenso, pois é a ligação de Oxalá com a Lei. Traz consigo tanto almas como Exus de Lei, tanto seres encantados, quanto seres que comumente chamamos de elementais.
Sua
manifestação é gélida, causando tremores em quem dela se aproxima.
Muitos invocam o Tempo para prejudicar os
semelhantes, tanto encarnados quanto desencarnados; mas se soubessem que estão
gravando seus nomes no Livro da Lei, pensariam muitas vezes antes de fazê-lo.
Quando alguém vai em busca do seu auxílio e pleiteia
com a justiça ao seu lado, tem a mais
poderosa força mágica a sua disposição para fazer com que cesse a atuação das
forças malignas.
Quando ela volta sua face luminosa para alguém justo,
este é amparado por onde passar. Seu poder de ação ultrapassa o Sétimo Círculo
Descendente, indo até o Nono Círculo. É ali que reside o seu imenso poder de
atuação.
Infeliz daquele que cair sob seu poder na execução da
justiça.
Não há quem não a tema. Seu campo de ação é enorme e
envolve todo o globo terrestre. Os faltosos perante a Lei são sérios candidatos
a conhecer o seu reino, onde saberão como age a Lei Maior.
Existem ainda
outros pontos de força da Natureza onde ela age, mas ainda não é possível
revelá-los. O véu não foi retirado totalmente, seus mistérios são os
mistérios do próprio Criador.
Mas o seu símbolo da justiça se apresenta de forma
bem clara.
Em Yansã, a espada simboliza a execução do carma.
Texto retirado do Livro Umbanda Sagrada, Rubens Saraceni
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa tarde! Por acaso essa Oya da Cachoeira seria Onira neeh...???
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