VOVÓ MARIA CONGA: - É a
"posse" da entidade comunicante da parte psicomotora do aparelho mediúnico,
que se dá pelo afastamento de seu corpo astral e completa apropriação de seu
corpo etérico pelo corpo astral do Guia ou Protetor espiritual, que servirá
como mediador quase perfeito para seu corpo físico, que fica inerte, à
disposição do novo "proprietário". Nesse caso, o invólucro material
do médium fica cedido para a atividade mental do preto velho ou caboclo, que
poderá manifestar-se à vontade como se encarnado fosse. É muito rara a inconsciência total nessa forma de manifestação. O
mais comum na mecânica de incorporação é uma espécie de sonolência letárgica, ficando
o "aparelho" imobilizado em seu poder mental e, conseqüentemente, na
parte motora, mas com
semiconsciência de tudo o que ocorre e havendo considerável rememoração
após o transe. O Guia ou Protetor espiritual não
"entra" no corpo do médium como muitos pensam. O que ocorre é
que há um afastamento do corpo etérico, sendo este, sim, tomado como se fosse
um perfeito encaixe, que é programado no Plano Astral antes da reencarnação.
A "mecânica" de incorporação no
seio umbandista não é um tanto rudimentar?
VOVÓ MARIA CONGA: - Os aparelhos que
labutarão na linha de Umbanda diferem
dos demais, pois, antes de
reencarnarem, tiveram uma
polarização energética em seus corpos astrais que os habilitará a trabalhar
quando na vida física com as comunidades do Umbral Inferior e com fluidos mais densos. São verdadeiras usinas de
ectoplasma, e na sua maioria têm um leve afastamento do corpo etérico, como se fosse uma janela
vibratória que fica sempre aberta. Nesses casos, a mecânica de incorporação
faz-se necessária para que o Guia ou Protetor espiritual possa manipular com
maior precisão todos os fluidos envolvidos nos processos de cura, não só os do
aparelho, mas também os da natureza. Afora esses aspectos, os próprios corpos
físico e etérico do médium tornam-se os principais agentes de cura e são
fundamentais para os trabalhos das entidades ligadas à Umbanda e ao magismo da
natureza.
Isso de maneira alguma os coloca em
um mediunismo rudimentar e tais
comparações denotam certo ranço vaidoso (preconceituoso- nota da blogueira),
como se houvesse um intercâmbio mais aperfeiçoado que outro. Não encaremos a
mediunidade como se fosse veículo automotor de que a cada ano sai novo modelo,
mais moderno e com recursos avançados.
Assim é o médium moralizado, de conduta reta, que faz a caridade desinteressada como o Cristo-Jesus praticava,
qual motorista cuidadoso com as normas que o cercam e que respeita o cidadão
que o acompanha, seja a pé, em carroça puxada por jumento ou em possante e
veloz máquina corredora.
( Elucidações
do Além, Hercílio Mães, Editora do Conhecimento )
O que é ectoplasma?
RAMATÍS:
- O ectoplasma é a parte da célula que fica entre a membrana e o núcleo, ou a
porção periférica do citoplasma, conforme vos explica a ciência acadêmica.
Entre os espíritas é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica,
que se exsuda principalmente do médium
de efeitos físicos e algo das outras pessoas em comum. Quando os
espíritos desencarnados podem dispor dele em bastante quantidade, então o usam
para a produção de fenômenos mediúnicos como levitação, ruídos,
materializações, voz direta, moldes de parafina, composição de flores etc.,
após combinarem-no com outras substâncias extraídas do reservatório oculto da
Natureza.
O ectoplasma apresenta-se à nossa
visão espiritual como massa de gelatina pegajosa, ou substância albuminóide,
branquíssima e semiliquida, que se exsuda através de todos os poros do médium,
mas em maior porção pelas narinas, pela boca ou pelos ouvidos, pelas pontas dos
dedos e ainda pelo tórax. Os longos cordões ectoplásmicos que se formam por
esses orifícios serpenteiam em movimentos ondulatórios. Não é substância que
possamos seccionar ou manusear sob absoluta independência dos médiuns, os
quais, mesmo em transe completo, ligam-se mentalmente a esse prolongamento
vivo, inquieto e influenciável até pelos assistentes.
Os trabalhos de efeitos físicos
exigem um cuidadoso tratamento por parte dos espíritos operadores, pois o
ectoplasma do médium é elemento fácil de ser contaminado pelos miasmas e certos
tóxicos que invadem o ambiente pela imprudência ou descaso de alguns
freqüentadores dos trabalhos mediúnicos. Trata-se de substância delicadíssima
que, na realidade, situa-se entre o
perispírito e o corpo físico. Embora seja algo disforme, é dotada de forte
vitalidade, motivo pelo qual serve de alavanca para interligar os planos
astralino e físico.
É
matéria viva do próprio médium que, pela sua vontade, admite a intromissão
dos espíritos amigos e benfeitores quando a usam para fins proveitosos; no entanto,
caso se trate de criatura desregrada, os espíritos inferiores e malévolos podem
assenhorear-se dessa energia acionável pela vontade desencarnada, causando
perturbações nos trabalhos de efeitos físicos ou mesmo fora do ambiente
mediúnico.
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Obs.: nota da blogueira:
- o Espírito, é a centelha ou a Luz Imortal sem forma;
- o Perispírito, abrange o corpo mental que serve para pensar;
- o corpo astral, que manifesta a emoção, os desejos, os sentimentos;
- o Duplo Etérico, com o sistema de "chacras"ou centros de forças etéricas (isto é, o corpo transitório de éter físico e situado entre o perispírito )
- e o corpo físico, o qual se dissolve depois da morte do homem; Corpo Físico, como a derradeira peça a ligar o Espírito imortal ao mundo material.
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