No Universo; tudo é energia em
diferentes estágios de condensação.
O que mais se aproxima do vosso
entendimento é que os orixás são emanações oriundas do Divino, expressas desde as dimensões imateriais sem
forma até os mundos manifestados na forma (astral, etérico, físico) em planos
de vida distintos, de faixas vibratórias específicas. O que mantém a harmonia universal são os orixás, vibrações cósmicas conhecidas milenarmente pelas religiões e
filosofias orientais e que agora estão sendo elucidadas com maior clareza para
o Ocidente.
Toda a
condensação de energia movimentada no Cosmo tem, inicialmente, a atuação de uma
mente poderosa, seja um ser angélico, um engenheiro sideral, um arcanjo,
seja um mentor ascensionado, consciências estas individualizadas de alta
estirpe evolutiva que atuam como "orixás maiores”.
Cada um dos orixás tem peculiaridades e correspondências próprias na
Terra: cor, som, mineral, planeta regente, elemento, signo zodiacal, essências,
ervas, entre outras afinidades astromagnéticas que fundamentam a magia da
umbanda por linha vibratória.
Assim, a cada um dos orixás se afina
uma plêiade de espíritos que atuam nas formas estruturais que sustentam o
movimento da umbanda no Espaço: pretos velhos, caboclos e crianças, todos
plasmando um triângulo fluídico magnético do plano espiritual superior que
"flutua" sobre o Brasil, para cujo centro se direcionam as vibrações
do Cristo Cósmico e todas as formas e raças espirituais que se enfeixam na
umbanda para fazer a caridade.
Na
umbanda, os orixás não incorporam. Afirmamos que isso é impossível, pois
não é da natureza universal quaisquer manifestações personificadas dos orixás.
O que verificais em alguns terreiros
sérios de cultos de nação e que mantêm as tradições africanistas antigas, claramente não evidenciando a prática umbandista, são, em sua maioria, manifestações do inconsciente, de
arquétipos padronizados, que no transe ritualístico exteriorizam uma
personagem simbolizando essas altas energias cósmicas, ditas orixás,
"concretizando", para o entendimento humano, por meio de expressões
coreográficas, algo que vos é abstrato. Também se manifestam espíritos ancestrais afins com a
família-de-santo da Terra, e que na espiritualidade preservam seus hábitos
religiosos, como se estivessem nos antigos clãs tribais no interior da velha
África. Assim, os orixás se "manifestam" na umbanda, indiretamente,
por meio dos espíritos que se unem no plano astral formando as linhas vibratórias,
uma para cada um deles, ditos orixás. É uma forma de se unirem
organizadamente em auxílio aos filhos da. Terra. Nenhuma linha vibratória que
representa um orixá é melhor que outra. Todas têm a mesma importância.
( livro : Missão da Umbanda, autor Norberto Peixoto, espírito Ramatis)
Observações do médium:
" Tive oportunidade, durante o sono
físico e o desdobramento natural do corpo astral, de vivenciar uma experiência
direta com essas energias denominadas orixás. Fui conduzido pela mente
disciplinada de Ramatís, que tem outorga para interagir nos planos rarefeitos;
caso contrário, isso teria sido impossível.
Antes de descrever o que vi, escutei
e senti, o que terei dificuldade pelas limitações da linguagem oral-escrita,
preciso comentar que nessas ocasiões me enxergo no meio de paisagens coloridas,
como se fosse uma espécie de holograma teatral em quarta dimensão, em que tudo
é mais vivo, rápido, intenso e real.
Visualizei feixes de ondas num céu de cor azul-chumbo, repleto de matizes
avermelhados. Essas ondas eram como muitas "raízes" que se
multiplicavam numa descida vibratória e formavam um tronco maior, que se
transformava numa espécie de enfeixamento ondulatório único, parecido com um tornado, um vórtice
"ventoso" que girava em seu centro e se rebaixava até o solo.
Explicaram-me,
para que pudesse entender, que se tratava da
manifestação do orixá Xangô e que me seria mostrado como ele poderia
interferir na vida de um cidadão com sua regência vibratória desde o
nascimento.
Ato
continuo, esse vórtice "ventoso" se compactou e teve seu ponto de
contato no alto da cabeça (chacra coronário) de um indivíduo. A partir
de então, o cenário mudou. Esse arquétipo personificado em seus aspectos positivos era agora um homem bem vestido,
trajando um vistoso terno azul-marinho. Tratava-se de um político ou advogado
de sucesso, com carro e motorista à disposição. Articulado, era um líder nato,
falante, de gargalhada fácil, inteligência marcante e personalidade forte.
Rapidamente a sucessão de cenas
mudaram, e seu motorista encontrava-se sozinho, aguardando-o ansioso. O patrão
estava numa festa e esqueceu-se do horário. Nesse momento, sobressaíam-se os aspectos negativos da regência de seu
orixá de cabeça; a figura dramatizada era egocêntrica, egoísta e
radical, não respeitava nada nem ninguém, julgando-se dona da verdade.
"Sua esposa que o espere, pois ninguém irá mandar em sua vida." De
volta ao automóvel e diante do motorista aturdido, chegando à residência, a
companheira abriu a porta de entrada e cobrou-o pelo adiantado da hora, já de
madrugada. Ele a atacou, demonstrando enorme rigidez, lembrando-lhe todas as
mordomias que lhe dava e ressaltando que a manutenção daquele status dependia
de seu trabalho e de diversos meios para vencer a guerra da vida, que não tem
hora para iniciar, tampouco para acabar.
Entendi que tudo o que experimentara
com o desdobramento clarividente fora para compreender como os orixás se "materializam" em nossos
comportamentos, em decorrência da natureza livre no Cosmo que nos
influencia, ou seja, a regência que cada
força cósmica denominada orixá exerce em nossas vidas, ajudando-nos a moldar
nosso modo de ser. É óbvio que conhecer esses "arquétipos"
facilita nosso entendimento do que são os orixás. Interiorizados em nossa
cognição, interferem efetivamente em nossos comportamentos, sem determinismos.
Servem como mais um referencial didático para a nossa evolução espiritual.
O que definirá os aspectos negativos e positivos de nossas
condutas, independentemente de compreendermos ou não todo o misticismo da umbanda e das religiões no
intercâmbio com as forças da natureza, é o exercício de nosso livre-arbítrio e
a relação de causalidade que isso estabelece com os outros e com a coletividade
que nos abriga, forjando o justo merecimento naquilo que vamos colher - que é
obrigatório, ao contrário da semeadura."
ORIXÁS SINCRETIZADOS COM SANTOS CATÓLICOS
Na umbanda os orixás foram sincretizados com santos católicos:
Vejamos:
Orixá
|
Sincretismo
|
Oxalá
|
Jesus Cristo
|
Iemanjá
|
Nossa Senhora da Glória,
Nossa Senhora das graças, Nossa Senhora dos Navegantes |
Oxum
|
Nossa Senhora Aparecida
|
Iansã
|
Santa Bárbara
|
Ogum
|
São Jorge
|
Oxossi
|
São Sebastião
|
Xangô
|
São Jerônimo
|
Omulú / Obaluaê
|
São Roque e São Lázaro
|
Nanã Boruquê
|
Santana
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário