Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

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terça-feira, 24 de março de 2015

22- POR QUE O DESENVOLVIMENTO DO MEDIUM UMBANDISTA PODE SER MAIS DEMORADO ?


DESÂNIMO
Qual o motivo de o desenvolvimento mediúnico ser tão demorado e de tantos médiuns começarem na umbanda e não conseguirem se manter nos trabalhos?

São raros hoje em dia os casos em que a mediunidade irrompe inequívoca e os sensitivos fornecem precisas comunicações dos guias do outro lado. A inconsciência não mais se verifica e exige-se uma mudança gradual de comportamento para que os médiuns consigam realizar as consultas, por várias horas "incorporados" com o caboclo ou preto velho.
            O trabalho na umbanda impõe mudanças profundas nos pensamentos, que precisam de tempo para serem consistentes e interiorizados no modo de vida do médium em aprendizado. Ele, conscientemente, deve livrar-se das emoções e dos sentimentos do ego inferior que atingem os corpos mental e astral.
A umbanda, por ser um canal aberto de entrechoque vibratório com o Astral inferior, implica maiores obstáculos aos médiuns. A prática mediúnica umbandista tem de ser continuada por longo tempo, sem interrupções, e trilhada com reverência e devoção esmeradas.
A lide umbandista parece fascinante a princípio, e o neófito anseia por ter logo o "seu" caboclo ou preto velho. Na verdade, da multidão que ingressa constantemente nas frentes de trabalho da Divina Luz, apenas uma microscópica minoria está apta a perseverar e progredir. A grande maioria dos aspirantes logo enjoa do ritual, não se motiva mais a colocar o uniforme branco e se impacienta com a demora para ser aceita como médium "pronto". Muitos acabam desistindo por completo ou mantendo as aparências, com o objetivo de só se beneficiar dos trabalhos, almejando a melhora milagreira das condições de existência diante da difícil e "injusta" vida.
Fora uns poucos, a grande maioria não apresenta maturidade espiritual para continuar na verdadeira umbanda, e muitos acabam por buscar locais em que o mediunismo apresenta resultados mais rápidos, como o são os das práticas mágicas populares, com seus cortes ritualísticos sanguinolentos e despachos com animais sacrificados. O mundo e os objetivos pessoais por que esses cidadãos são movidos bloqueiam a vontade de servir ao próximo, que é o sacrifício altruístico que a umbanda impõe a todos.

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