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Médium ao centro, e suas entidades |
As falanges espirituais são agrupamentos de
espíritos afins a determinados orixás que possuem semelhante vibração e
compromisso caritativo: pretos velhos, caboclos, exus, crianças, baianos,
boiadeiros, marinheiros ciganos, orientais das mais diversas etnias, entre
outras formas e raças relacionadas à evolução humana no orbe.
É
importante esclarecer algumas dúvidas mais comuns quanto à formação das
falanges na umbanda. Numa determinada falange
pode haver centenas de espíritos atuando com o mesmo nome, aos quais
denominamos de falangeiros dos orixás. A falange de Cabocla Jurema, por
exemplo, é constituída de milhares de espíritos que adotam este nome, como se fossem procuradores diretos da
vibração do orixá Oxossi. Então, sob o comando de um espírito, existe uma
quantidade enorme de outros espíritos que se
utilizam dessa mesma "chancela" ou "insígnia" - uma espécie
de autorização dos Maiorais que regem o movimento umbandista e que
identificam os que já adquiriram o direito de trabalho nas suas
frentes de caridade no orbe. Na verdade, quando um médium incorpora uma Cabocla
Jurema, ele se enfeixa na falange que tem uma vibração peculiar. Por isso, pode
ocorrer a manifestação de centenas de caboclas juremas ao mesmo tempo, pelo
Brasil afora, inclusive dentro de um mesmo terreiro.
(trecho
retirado do Livro Umbanda Pé no Chão, Norberto Peixoto, Editora do Conhecimento)
Formas de apresentação dos espíritos na
Umbanda:
- Os
caboclos são espíritos de índios brasileiros, sul ou norte-americanos,
que dispõem de conhecimento milenar xamânico do uso de ervas para banhos de
limpeza e chás para auxílio à cura das doenças. São entidades simples, diretas,
por vezes altivas, como velhos índios guerreiros. Com sua simplicidade,
conquistam os corações humanos e passam confiança e credibilidade aos que
procuram amparo. São exímios nas limpezas das carregadas auras humanas,
experientes nas desobsessões e embates com o Atral inferior. Na magia que
praticam, usam pembas para riscar seus pontos, fogo, essências cheirosas,
flores, ervas, frutas, charutos e incenso.
Na Umbanda, os
Caboclos (assim como preto-velhos, baianos, boiadeiros, crianças) constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as
linhas, atuando em diversas vibrações. Entretanto, cada um deles tem uma
vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxossi, ou seja,
viria sob a vibração deste Orixá. Porém em nossa percepção, compreendemos que
Caboclos diferentes possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se
apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxossi ou Omulu. Já as
Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou
de Nanã. Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do
Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar
em um sensitivo que é filho de Oxossi; apenas neste caso, a entidade, embora
sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.
A magia praticada pelos espíritos de caboclos é
sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho
de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa.
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Cabocla Jurema |
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Caboclo Pena Branca |
- Os
pretos velhos, tanto espíritos de idosos africanos escravizados e
trazidos para o Brasil, como de negros que nasceram em solo pátria, são
símbolos de sabedoria e humildade, verdadeiros psicólogos do profundo
conhecimento dos sofrimentos e aflições humanas. Joana de Ângelis, a venerável irmã conhecida da lide espírita,
conhecedora da alma e dos sofrimentos dos encarnados, arguta observadora do
psiquismo, atua como mais uma singela e
anônima vovó preta nas frentes umbandísticas, assumindo um nome simbólico, como tantos outros espíritos luminares,
retomando a forma de uma antiga encarnação em solo africano. A todos, esses
espíritos missionários consolam amorosamente, como faziam antigamente,
inclusive nas senzalas após longo dia de incansável trabalho físico.
A
infinita paciência em ouvir as mazelas e choramingas dos consulentes fazem dos
pretos velhos as entidades mais procuradas nos terreiros. Assim como os
caboclos, usam ervas em suas mandingas e mirongas. Suas rezas e invocações são
poderosas. Com suas cachimbadas e fala matreira, espargem fumaça sobre a pessoa
que está recebendo o passe e higienizam as auras de larvas astrais e energias
negativas. Com seus rosários e grande amor, são notáveis evangelizadores do
Cristo, e com muita "facilidade" doutrinam os obsessores que acompanham
os consulentes. Demonstram que não é o conhecimento intelectual ou a forma
racial que vale no atendimento caridoso, e sim a manifestação amorosa e sábia,
de acordo com a capacidade de entendimento de cada filho de fé que os procuram.
- As crianças (chamada de ERÊ). São espíritos
que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução
espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos
terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com
pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última
encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e
doces. Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também têm funções bem
específicas, e a principal delas é a de
mensageiro dos Orixás. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um
espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas
como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são
conselheiros e curadores, por isso foram associadas
a Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. Não
gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões .Preferem as
consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o
consulente, modificando e equilibrando
sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.
Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito
rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta,
pois nos alertam sobre eles. Eles manipulam as
energias elementares e são portadores naturais de poderes só encontrados
nos próprios Orixás que os regem. Quando incorporadas em um médium, gostam de
brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária
muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas
brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. É comum em uma gira de
criança, ver um médium "cambaleando" antes de incorporar
inteiramente, isso se dá devido à "disputa" que estes espíritos
travam para ver quem incorpora primeiro, bem típico desta linha. No seu dia de
comemoração acaba virando uma grande festa de aniversário, adoram guaraná e
doces e promovem uma animada "bagunça" quando baixam no terreiro. Sua
energia é transbordante de vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as
maiores bênçãos da fertilidade e da harmonia. Os
"meninos" são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as
"meninas" são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam
pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome,
etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre
formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da
assistência. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria
e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma
força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para
os casos de família e gravidez. Os pedidos feitos a uma criança incorporada
normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que
elas fazem dos presentes prometidos é grande. Nunca prometa um presente a uma
criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a
"brincadeira" (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido
pode não ser tão "engraçada" assim.
- O
Caboclo Boiadeiro. Dentre muitos caboclos que baixam em vários
terreiros, o Caboclo Boiadeiro tem sempre uma participação especial nas seções
de caboclo. Boiadeiro é muito respeitado por trazer de volta ao nosso convívio
toda a sua experiência adquirida em tempos de boiada, do sertão bravio, do
homem responsável pela conduta da boiada do seu patrão. De um modo geral,
Boiadeiro usa um chapéu de couro com abas largas (para proteger-lhe do sol
forte), calças arregaçadas e movimenta-se muito rápido. Um pequeno cântaro para
carregar água, tão importante para a viagem. O chicote que usa para açoitar a
rez feroz. A corda, usada para laçar o boi bravo, ou para pegar aquele que se
afasta da boiada, ou ainda usada para derrubar o boi para abate. Boiadeiro, na
verdade, traz toda uma soma de sabedoria acumulada dessas viagens e vivências
do campo. Na verdade, estamos descrevendo uma maravilhosa entidade de muita luz
e muita força. O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro,
habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os
braços como se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança
simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens. Em geral, trabalha
rodando sua guia por sobre a cabeça do consulente e depois a esfregando pelo
seu corpo, para promover a limpeza do
campo áurico. Invariavelmente a guia arrebenta... Enquanto os
"caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é
possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.
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Retirado do Jornal Umbanda Sagrada, desenho de CLAUDIO GIANFARDONI |
- Os
Baianos. A corrente baiana é formada por espíritos alegres, brincalhões,
descontraídos e são poderosos em"desmanchar" demandas. São pessoas que
viveram na Bahia (geralmente), e que vêm ao terreiro para passar seu axé, e sua
energia positiva. São muito conselheiros, orientadores, aguerridos e chegados à
dança durante a qual trabalham enquanto giram com seus passos próprios.
Apreciam as "festas" que lhes fazem, onde bebem batida de coco e
comem comidas típicas da cozinha baiana. A gira do Povo Baiano é muito animada,
estas entidades, também têm muito o que ensinar.
- Os
marinheiros. Esses falangeiros chegam do mar e desembarcam em terra, sua
alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio
“maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na
Umbanda em prol da caridade.
Eles conheceram muito bem o mar e
a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das
viagens que empreenderam que duraram anos e anos.
As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá que
compõe o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios
de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes,
pois enfrentarem guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a
bonança.
Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de
descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam
trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.
Todas as pessoas tem uma idéia
muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua
grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da
diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de
trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes
espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.
Na realidade estes abnegados
servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e
com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos,
trazem para nós, a possibilidade de nos libertarmos de nossos entraves, com
uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida,
deixando o assistido muito a vontade com trejeitos peculiares desta linha
maravilhosa da umbanda.
Muito diferente do que
imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos
se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas
ondas energéticas se utilizando do próprio médium.
Retirado da página : https://povodearuanda.wordpress.com/2007/07/29/marinheiros/
- Os
orientais se apresentam como hindus, árabes, marroquinos, persas, etíopes,
chineses, egípcios, tibetanos, e nos trazem conhecimentos milenares. São
espíritos que encarnaram entre esses povos e que ensinam ciências
"ocultas", cirurgias astrais,
projeções da consciência, cromoterapia, magnetismo, entre outras práticas para a
caridade que não conseguimos ainda transmitir em palavras. Por sua alta
freqüência vibratória, criam poderosos campos de forças para a destruição de
templos de feitiçaria e de magias negativas do passado, libertando os espíritos
encarnados e desencarnados. Incentivam-nos no caminho da evolução espiritual,
por meio do estudo e da meditação;
conduzem-nos a encontrar o Cristo interno, por meio do conhecimento das leis
divinas aplicadas em nossas atitudes e ações; atuam com intensidade no mental de cada criatura,
fortalecendo o discernimento e a consciência crística.
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INDU - desenho de CLAUDIO GIANFARDONI |
- Os
ciganos são espíritos ricos em histórias e lendas. Foram nômades em
séculos passados, pertencentes a várias etnias. Em grande parte são do antigo
Oriente. Erroneamente são confundidos com cartomantes ociosas de praças
públicas que, por qualquer vintém, lêem as vidas passadas. São entidades
festeiras, amantes da liberdade de expressão, excelentes curadores,
trabalham com fogo e minerais. Cultuam a natureza e apresentam completo
desapego às coisas materiais. São alegres, fiéis e ótimos orientadores nas
questões afetivas e dos relacionamentos humanos. Utilizam comumente nas suas
magias moedas, fitas e pedras, perfumes e outros elementos para a caridade, de
acordo com certas datas e dias especiais sob a regência das fases da Lua.
- As Pomba-Giras, Pombogira ou Bombogira: O termo Pomba-Gira é
corruptela do termo "Bombogira"
que significa em Nagô, Exú.
A origem do termo Pomba-Gira,
também é encontrada na história.
No passado, ocorreu uma luta
entre a ordem dórica e a ordem iônica. A primeira guardava a tradição e seus
puros conhecimentos. Já a iônica tinha-os totalmente deturpados. O símbolo
desta ordem era uma pomba-vermelha,
a pomba de Yona. Como estes contribuíram para a deturpação da tradição e foi uma ordem formada pela maioria por
mulheres tinham que saldar suas dívidas. Atualmente elas vem pela Lei de
Umbanda como Pomba-giras para ensinar, e fazer seu resgate do passado.
Se Exú já é mal interpretado,
confundindo-o com o Diabo, quem dirá a Pomba-Gira? Dizem que Pomba-Gira é uma
mulher da rua, uma prostituta. Que Pomba-Gira é mulher de Sete Exús! As
distorções e preconceitos são características dos seres humanos, quando eles
não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos,
distorcendo-os.
Pomba-Gira
é um Exu Feminino, não são prostitutas. Na verdade, dos Sete Exús Chefes de Legião - do Sétimo Grau,
apenas um Exu é feminino, ou seja, ocorreu
uma inversão destes conceitos, dizendo que a Pomba-Gira é mulher de Sete Exu.
Dentro da hierarquia do Exú
Feminino (Pomba-Gira), estão divididas em níveis diversas outras pombas-gira,
da mesma forma que as demais falanges.
É claro que em alguns casos,
podem ocorrer que uma delas, em alguma encarnação tivesse sido uma prostituta,
mas, isso não significa que as pombas-gira tenham sido todas prostitutas e que
assim agem.
A função das pombas-gira está
relacionada à sensualidade. Elas frenam
os desvios sexuais dos seres humanos, direcionam as energias sexuais para a
construção e evitam as destruições.
A sensualidade desenfreada é um
dos "sete pecados capitais" que destroem o homem: a volúpia. Este
vício é alimentado tanto pelos encarnados, quanto pelos desencarnados, criando
um ciclo ininterrupto, caso as pombas-gira não atuassem neste campo emocional.
As pombas-gira são grandes magas e conhecedoras
das fraquezas humanas. São, como qualquer Exu,
executoras da Lei e do Karma.
Cabe
a elas esgotar os vícios ligados ao sexo. Quando um espírito é
extremamente viciado ao sexo, elas, às vezes, dão a ele "overdoses"
de sexo, para esgotá-lo de uma vez por todas.
Elas, ao se manifestarem,
carregam em si, grande energia sensual, não significa que elas sejam
desequilibradas, mas sim que elas recorrem a este expediente para
"descarregar" o ambiente deste tipo de energia negativa.
São espíritos alegres e gostam de
conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções.
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Maria Padilha
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- Os Exus: aqui trataremos de Exu entidade e não como vibração cósmica ( exu
Orixá). Estes espíritos, assim como os Preto-velhos, e crianças são servidores
dos Orixás. Não se devem confundir os Exus da Umbanda com Exu da Nação
(candomblé), pois são diferentes. Apesar das imagens de Exus, fazerem
referência ao "Diabo" medieval (herança do Sincretismo religioso),
eles não devem ser associados à prática do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções
específicas e seguem as ordens de seus "patrões". Dentre várias, duas
das principais funções dos Exus são: abertura dos caminhos e a proteção de terreiros
e médiuns contra espíritos perturbadores, seja durante a gira ou obrigações, ou
na defesa do dia a dia. Desta forma estes espíritos não trabalham somente
durante a "gira de Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de
emprego, pessoal, demanda e etc... de seus consulentes. Mas também durante as
outras giras (Caboclos, Preto-velhos, Crianças), protegendo o terreiro e os
médiuns, para que a caridade possa ser praticada. Os exus recebem na Umbanda
certas denominações como Povo de Rua, Compadres e Comadres, Guardiões etc ,
para classificar entidades que trabalham num plano astral evolutivo. Estas
entidades são firmadas em um lugar chamado de tronqueira. São verdadeiros guardiões, cumpridores das Leis do Carma , Lei
do Retorno, Lei da Ação e Reação, ou seja, das Leis Divinas. Trabalham na linha
chamada de esquerda, que significa a esquerda da Cruz de Cristo.
Costumam trabalhar com velas,
charutos, cigarros, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e
vermelhas. Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante
os consulentes. É a Polícia de Choque da Umbanda,
é quem cobra na hora e também é quem tem maior ligação com os seres encarnados.
Na falange de Exu existem muitos,
entre eles, estão: Exu Tranca-Rua-das-Almas, Exu Tirirí, Exu Marabô, Exu
Veludo, Exu Morcego, Exu Gira-mundo, Exu Caveira , Exu Ventania etc.
ESCLARECIMENTO: na Umbanda o nome EXU tem significado de GUARDIÃO
DE LUZ , que trabalha ‘nas’ Trevas por ser útil ao tipo de serviço e para
sua EVOLUÇÃO e dos irmãos que resgata.
Mas apenas para relatar a opinião
de alguns autores e evitar confusões passemos a algumas definições. Alguns
autores separam os Exus em três tipos:
EXU PAGÃO (erroneamente assim chamados):
é aquele que não sabe distinguir o Bem do Mal, trabalha para quem pagar mais.
Não é confiável, pois se pego, é castigado pelas falanges do Bem, então
volta-se contra quem o mandou. É tido como o
marginal da espiritualidade, aquele sem
luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal,
embora possa ser despertado para evoluir de condição.
Para evitar essa confusão, não damos aos
chamados “Exus Pagões” a denominação
de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus
Batizados” a denominação de “Exu”.
EXU BATIZADO: é todo aquele que já conhece o Bem e o
Mal, tendo plena consciência de seus atos; são os executores das ordens das
entidades chefes de terreiro, a cujo serviço evoluem
sempre na prática do bem, porém conservando suas forças de cobrança, de
executores da Lei, esgotando os vícios e mazelas humanas, não devendo confundir
isso com a prático do Mal.
EXU COROADO: é aquele que após grande evolução como
empregado das Entidades do Bem, recebem por mérito, a permissão de se
apresentarem como elementos das linhas positivas, Caboclos, Pretos Velhos,
Crianças, etc.
Texto retirado: 1- Livro Umbanda
Pé no chão, Norterto Peixoto; 2- Blogspot
Lar Umbandista Pai Xangô Caboclo Peã Branca.