Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

terça-feira, 19 de maio de 2015

75- MISTIFICAÇÃO



Antes de entrarmos no assunto mistificação vejamos a diferença entre Mistificação, Animismo e Mediunismo:

MISTIFICAÇÃO significa “abusar da credulidade de; enganar, iludir, burlar, lograr, embair, embaçar, trapacear”. 
MEDIUNISMO é a designação geral de todos os fenômenos psíquicos que têm por origem outros Espíritos (encarnados ou desencarnados) e que se tornam perceptíveis pela ação de um médium, pessoa que atua como “meio ou intermediário entre os Espíritos e os homens” 
ANIMISMO significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensa­gens transmitidas do Além-Túmulo.

MISTIFICAÇÃO:
As mistificações podem ser: inconscientes (involuntárias) e conscientes (voluntárias).
Diz-se que as mistificações são inconscientes ou involuntárias quando o médium não as detecta, ou seja, quando não tem noção de que estão ocorrendo. O Espírito mistificador é, em geral, ardiloso, astuto e, de modo proposital, tenta enganar o médium.  Acontece pela inexperiência, ingenuidade, invigilância, amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns ou falta de estudo do médium, como também dos demais integrantes da equipe mediúnica.

Nas mistificações conscientes ou voluntárias a comunicação é elaborada pela própria vontade do médium com a intenção de enganar, de burlar. Em alguns casos poderá até ser ajudado por Espíritos enganadores e malévolos, com os quais se afiniza. Mas o autor intelectual da mensagem é o médium que se dispôs a mentir e enganar.
A mistificação experimentada por um médium, explica Emmanuel, traz sempre uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor-próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo, razão pela qual não ocorre à revelia dos seus mentores mais elevados, que, somente assim, o conduzem à vigilância precisa e às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo. (O Consolador, questão no 401.) 
http://www.umbandacomamor.com.br/espiritismo/mistifeanimis.html  




Todos os médiuns podem ser mistificados?

A mistificação mediúnica ainda é proble­ma que requer minucioso estudo e análise isentos de qual­quer premeditação pessoal, porquanto nela intervém inúme­ros fatores desconhecidos aos próprios médiuns que são víti­mas desse fenômeno. A Terra ainda é um planeta em fase de ajuste geológico e de consolidação física; a sua instabilidade material é profundamente correlata à própria instabilidade espiritual de sua humanidade. Em conseqüência, ainda não podeis exigir o êxito absoluto no intercâmbio mediúnico entre os "vivos" e os "mortos", pois que depende muitíssimo do melhor entendimento evangélico que se puder manter nessas relações espirituais. Só os médiuns absolutamente credenciados no serviço do Bem, e assim garantidos pela sua sintonia à faixa vibratória espiritual de Jesus, é que real­mente poderão superar qualquer tentativa de mistificação partida do Além-Túmulo. Na verdade, os agentes das som­bras não conseguem interferir entre aqueles que não se des­cuidam de sua conduta espiritual e se ligam às tarefas de socorro e libertação dos seus irmãos encarnados.

A mistificação poderia significar descuido ou indiferença dos seus guias espirituais?

Ela é fruto de circunstâncias naturais cria­das pelo medianeiro, ou do descuido daqueles que ainda ima­ginam a comunicação/manifestação espiritual como um espetáculo para impressionar o público. O Espírito mistificador sempre aproveita o estado de alma, a ingenuidade ou a vaidade do médium para então mis­tificar. No entanto, podemos vos assegurar que a mistificação não acontece à revelia dos mentores do médium, embora eles não possam ou não devam intervir, tudo fazendo para que os seus intérpretes redobrem a vigilância e acuidade psíquica, a fim de se fortalecerem para o futuro.Na verdade, a maioria das mistificações deve-se mais ao amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns no intercâmbio tão com­plexo e manhoso com o plano invisível, em que se abando­nam displicentemente à prática de sua faculdade mediúnica.

 A mistificação, poderia ter por objetivo principal extinguir a vaidade do próprio médium?

Os mentores de alta estirpe espiritual nunca promovem qualquer acontecimento deliberado de mis­tificação mediúnica; e não o fariam mesmo que pudesse servir de advertência educativa para o médium vaidoso. O próprio médium é que oferece ensejo para a perturbação ou a presen­ça indesejável no seu trabalho. Algumas vezes a base da misti­ficação é cármica, e por isso o médium não consegue livrar-se dos adversários pregressos, que o importunam a todo momen­to, procurando mistificá-lo de qualquer modo e dificultar-lhe a recuperação espiritual na tarefa árdua da mediunidade.
Não cremos que a vaidade dos médiuns desapareça só porque sejam vítimas da mistificação coletiva. Em geral, quando eles comprovam que foram iludidos pelos desencarna­dos, sentem-se profundamente feridos no seu amor-próprio e então se revoltam contra a sua própria faculdade mediúnica. E assim, em muitos casos, o médium mistificado e revoltado pela decepção de ter sido humilhado na mistificação, mais rapida­mente desiste da tarefa mediúnica que o ajudava a amortizar (aliviar, diminuir)  a dívida cármica, terminando por corresponder exatamente aos propósitos maquiavélicos dos seus perseguidores do Além.
Alguns médiuns já abandonaram a prática mediúnica, alegan­do que foram traídos na sua boa intenção e não receberam o devido adjutório do Alto, o que lhes seria justo esperar.
São raros os que admitem, sem quaisquer susceptibili­dades, que dia mais ou dia menos podem ser mistificados, não por culpa dos seus mentores, mas pela imprudência, pelo descaso, vaidade ou interesse utilitarista com que às vezes são dominados, oferecendo ensejos para a infiltração de espíritos levianos, irresponsáveis e malévolos no exercício de sua mediunidade.
Os desocupados do Além-Túmulo espreitam astutamente qualquer brecha vulnerável que se faça no caráter do médium ou perturbação no seu trato com a família amiga ou ambiente de trabalho, para assim inter­ferirem durante a queda na freqüência vibratória espiritual e lograrem a mistificação que depois desanima, decepciona ou enfraquece a confiança. A mistificação ainda significa determinada cota de sacrifício na prática mediúnica, assim como acontece em certas profissões humanas, seja a enge­nharia, a advocacia ou a medicina, em que os seus profissio­nais, com o decorrer do tempo, vão eliminando gradativamente os equívocos dos primeiros dias, até se firmarem defi­nitivamente na sua tarefa profissional.

 Qual o meio mais eficiente para o médium livrar-se das mistificações dos desencarnados?

Sem dúvida é a sua conduta moral e inte­gração incondicional aos preceitos sublimes da vida espiri­tual superior. Se o médium pautar todos os seus atos e subor­dinar seus pensamentos à diretriz doutrinária do Cristo-Jesus, ele há de se ligar definitivamente às entidades superio­res responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade terre­na, que o imunizarão contra os espíritos maquiavélicos. A paciência, a bondade, o desinteresse, a renúncia, a humilda­de e o amor são as virtudes que atraem os espíritos bons e sinceros, absolutamente incapazes de agir de modo capcioso ou com intenções subversivas.
A desculpa de certos médiuns de que, apesar de sua boa intenção no serviço mediúnico, foram mis­tificados, não é suficiente para os livrar dos espíritos maquia­vélicos, galhofeiros e inescrupulosos, que operam contra todas as criaturas interessadas na libertação do homem. Muitos médiuns, apesar de bem intencionados, são no entanto vaido­sos, ingênuos, ignorantes, fanáticos ou excessivamente perso­nalistas, oferecendo ensejo para os desencarnados perversos os perturbarem no intercâmbio mediúnico. Os espíritos saga­zes, maus e pervertidos pouco se importam com a boa inten­ção dos encarnados; interessa-lhes unicamente descobrir o defeito moral, a ingenuidade mental ou a confiança tola daqueles que se entregam ao serviço superior. Não é bastante ao médium visualizar um objetivo bom, para então livrar-se de qualquer mistificação do Além. É preciso que ele com­preenda que os espíritos astutos, capciosos e cruéis ainda gozam da regalia de ser invisíveis.

 Porventura o guia deixa de intervir a favor do seu médium, no caso da mistificação?

Os caprichos, as teimosias, a preguiça, a negligência e os descasos espirituais, que significam os pecados dos seres, Deus os tolera porque representam as fases do processo evo­lutivo, em, cuja luta heróica eles vão tomando conhecimento de si mesmos e desfazendo-se dos prejuízos e equívocos que retardam a ascese angélica (evolução do homem- nota blogueira).
O homem deve decidir conscien­temente sobre aquilo que já o satura na vida transitória material, pois a sua libertação das ilusões da carne deve ser efetuada sem violências ou imposições draconianas, que somente o empurram para a frente, mas não o esclarecem.
           Assim como não vos é possível cultivar flores formosas sem que primeiramente sepulteis suas raízes no solo adubado com detritos repugnantes, o espírito do homem também só desenvolve os seus poderes e alcança sua glória angélica depois de fixar-se no seio da matéria inferior dos mundos planetários. Os equívocos, as mistificações e as contradições espirituais de muitos médiuns ainda são frutos dos seus deslizes e imprudên­cias cometidas no passado, quando feriram as mesmas almas que hoje os mistificam e se desforram do Além-Túmulo. A mis­tificação, nesse caso, é apenas o efeito da Lei do Carma, em que, embora a "semeadura seja livre, a colheita é obrigatória".

 O médium poderia livrar-se da mistifi­cação com o afastamento dos espíritos mistificadores?

Trata-se de um problema que não será solucionado com o simples afastamento dos espíritos mistifi­cadores de junto dos médiuns, de vez que esse afastamento depende da renovação moral dos médiuns e do seu sincero perdão àqueles que lhes atuam prejudicialmente. Conforme já vos temos lembrado, as moscas se afastam devido à cura das feridas e não pelo seu incessante enxotamento. Geralmente o médium é mistificado pelos seus velhos comparsas, vítimas ou algozes do passado. Por isso, deve demonstrar a sua sincera humildade e o seu amor àqueles que o ferem, tanto quanto ele os feriu outrora.
Os espíritos adversos, do passado, obtêm maior êxito na sua empreitada malfeitora quando suas vítimas estão onera­das pela mediunidade de "prova", o que lhes toma o perispí­rito mais devassado para o "lado de cá" e facilita a infiltração obsessiva. Eles procuram incentivar a vaidade, o amor pró­prio, o capricho, o orgulho, a falsa modéstia e demais defeitos que possam exaltar a personalidade do médium, o qual, mui­tas vezes, valoriza demais a sua faculdade, deixando-se vencer pelo delírio da auto-suficiência e impermeabilizando-se às intuições benfeitoras do seu guia. Alguns médiuns impruden­tes e vaidosos rejeitam quaisquer advertências alheias, assim como confundem a humildade com a sua própria ignorância. Assim tomam-se petulantes e se deixam dominar pelo "puro animismo", pela auto exaltação e não escondem o despeito contra aqueles que ousam duvidar de sua mediunidade.
Não tardam em perturbar a harmonia do ambiente que freqüentam e o tomam um clima de constrangimento e ansiedade, facilitando a divisão ‘entre as pessoas’( nota blogueira). Quando não recebem a lisonja de que se julgam merecedores, ou os demais companheiros subestimam-lhes o prestígio e o teor das mensagens do Além-Túmulo, eles então se mudam com armas e bagagens para outro ambiente espiritista, a fim de encontrar a com­pensação desejada.
Com essa mudança insatisfeita, que é fruto da inconfor­mação e do anonimato, a faculdade mediúnica perde então a sua fluência natural e domina o animismo incontrolável ou a fascinação sorrateira das sombras. A impaciência, a indis­ciplina e a desforra terminam por desencorajar os próprios guias do médium, que não podem consumir o seu precioso tempo junto de quem só se preocupa com o seu prestígio pessoal em detrimento do serviço benfeitor ao próximo.


Fonte: MEDIUNISMO, pelo espirito Ramatis, Psicografia de Hercílio Maes, Curitiba, 20 de agosto de 1960.

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