Antes de entrarmos no assunto mistificação vejamos a diferença entre Mistificação,
Animismo e Mediunismo:
MISTIFICAÇÃO significa “abusar da credulidade de; enganar, iludir,
burlar, lograr, embair, embaçar, trapacear”.
MEDIUNISMO é a designação geral de todos os fenômenos psíquicos
que têm por origem outros Espíritos
(encarnados ou desencarnados) e que se tornam perceptíveis pela ação de um
médium, pessoa que atua como “meio ou intermediário entre os Espíritos e os
homens”
ANIMISMO significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos
desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens
transmitidas do Além-Túmulo.
MISTIFICAÇÃO:
As mistificações podem ser: inconscientes (involuntárias) e conscientes (voluntárias).
As mistificações podem ser: inconscientes (involuntárias) e conscientes (voluntárias).
Diz-se que as mistificações
são inconscientes ou involuntárias quando o médium não as detecta, ou
seja, quando não tem noção de que estão ocorrendo. O Espírito mistificador é,
em geral, ardiloso, astuto e, de modo proposital, tenta enganar o médium.
Acontece pela inexperiência,
ingenuidade, invigilância, amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também
ao excesso de confiança dos médiuns ou
falta de estudo do médium, como também dos demais integrantes da equipe
mediúnica.
Nas
mistificações conscientes ou
voluntárias a comunicação é elaborada pela própria vontade do médium com a intenção de enganar, de burlar. Em
alguns casos poderá até ser ajudado por Espíritos enganadores e malévolos, com
os quais se afiniza. Mas o autor intelectual da mensagem é o médium que se dispôs
a mentir e enganar.
A mistificação experimentada por um
médium, explica Emmanuel, traz sempre uma finalidade útil, que é a de afastá-lo
do amor-próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da
vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo, razão pela qual não ocorre à revelia dos seus
mentores mais elevados, que, somente assim, o conduzem à vigilância precisa e
às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo. (O
Consolador, questão no 401.)
http://www.umbandacomamor.com.br/espiritismo/mistifeanimis.html
Todos os médiuns podem ser
mistificados?
A mistificação mediúnica ainda é
problema que requer
minucioso estudo e análise isentos de qualquer premeditação pessoal, porquanto nela intervém inúmeros fatores desconhecidos aos
próprios médiuns que são vítimas desse fenômeno. A Terra ainda é um planeta em fase de ajuste geológico e de
consolidação física; a sua instabilidade material é profundamente correlata à própria
instabilidade espiritual
de sua humanidade. Em conseqüência, ainda não podeis exigir o êxito absoluto no intercâmbio mediúnico entre os "vivos" e os
"mortos", pois que depende muitíssimo do melhor entendimento
evangélico que se puder manter nessas
relações espirituais. Só os médiuns absolutamente credenciados no serviço do Bem, e assim
garantidos pela sua sintonia à faixa vibratória espiritual de Jesus, é
que realmente poderão superar qualquer
tentativa de mistificação partida do Além-Túmulo. Na verdade, os agentes das
sombras não conseguem interferir
entre aqueles que não se descuidam
de sua conduta espiritual e se ligam às tarefas de socorro e libertação
dos seus irmãos encarnados.
A mistificação poderia significar descuido ou
indiferença dos seus guias espirituais?
Ela
é fruto de circunstâncias naturais criadas pelo medianeiro, ou do descuido daqueles que ainda
imaginam a
comunicação/manifestação espiritual como um espetáculo para impressionar o público. O Espírito mistificador sempre aproveita o estado de alma, a ingenuidade ou a vaidade do médium para então mistificar. No entanto, podemos vos
assegurar que a mistificação não acontece à revelia dos mentores do médium,
embora eles não possam ou não devam intervir, tudo fazendo para que os seus intérpretes redobrem a vigilância e acuidade
psíquica, a fim de se fortalecerem para o futuro.Na verdade, a maioria das
mistificações deve-se mais ao amor
próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos
médiuns no intercâmbio tão complexo e manhoso com o plano invisível,
em que se abandonam displicentemente à prática de sua faculdade mediúnica.
A mistificação, poderia ter por objetivo principal extinguir a vaidade do próprio médium?
Os mentores de alta
estirpe espiritual nunca promovem qualquer acontecimento
deliberado de mistificação
mediúnica; e não o fariam mesmo que pudesse servir de advertência educativa para o médium vaidoso. O
próprio médium é que oferece ensejo para a
perturbação ou a presença
indesejável no seu trabalho. Algumas
vezes a base da mistificação é cármica, e por isso o médium não
consegue livrar-se dos adversários
pregressos, que o importunam a todo momento, procurando mistificá-lo de
qualquer modo e dificultar-lhe a recuperação espiritual na tarefa árdua
da mediunidade.
Não cremos que a
vaidade dos médiuns desapareça só porque sejam vítimas da mistificação coletiva.
Em geral, quando eles comprovam que foram
iludidos pelos desencarnados,
sentem-se profundamente feridos no seu
amor-próprio e então se
revoltam contra a sua própria faculdade mediúnica. E assim, em muitos casos, o médium mistificado e
revoltado pela decepção de ter sido humilhado na mistificação, mais
rapidamente desiste da tarefa
mediúnica que o ajudava a amortizar (aliviar, diminuir) a dívida cármica, terminando por
corresponder exatamente aos propósitos
maquiavélicos dos seus perseguidores do Além.
Alguns
médiuns já abandonaram a prática mediúnica, alegando que foram traídos na sua boa intenção e não receberam o devido adjutório do Alto, o que lhes seria justo
esperar.
São raros os que
admitem, sem quaisquer susceptibilidades, que dia mais ou dia menos podem ser
mistificados, não por culpa dos seus mentores, mas pela imprudência, pelo descaso,
vaidade ou interesse utilitarista com que às vezes são dominados, oferecendo ensejos para a
infiltração de espíritos levianos,
irresponsáveis e malévolos no exercício de sua mediunidade.
Os desocupados do
Além-Túmulo espreitam astutamente qualquer brecha vulnerável que se faça no caráter do médium ou perturbação no
seu trato com a família amiga ou ambiente de trabalho, para assim interferirem durante
a queda na freqüência vibratória espiritual e lograrem a
mistificação que depois desanima, decepciona ou enfraquece a confiança. A
mistificação ainda significa determinada cota de sacrifício na prática
mediúnica, assim como acontece em certas profissões humanas, seja a engenharia,
a advocacia ou a medicina, em que os seus profissionais, com o decorrer do tempo,
vão eliminando gradativamente os equívocos dos primeiros dias, até se firmarem
definitivamente na sua tarefa profissional.
Qual o meio mais eficiente
para o médium livrar-se das
mistificações dos desencarnados?
Sem dúvida é a sua conduta moral e integração incondicional aos preceitos sublimes da vida
espiritual superior. Se o médium
pautar todos os seus atos e subordinar
seus pensamentos à diretriz doutrinária do
Cristo-Jesus, ele há de
se ligar definitivamente às entidades superiores responsáveis pelo
desenvolvimento da humanidade terrena, que o imunizarão contra os espíritos
maquiavélicos. A paciência, a bondade, o desinteresse, a renúncia,
a humildade e o amor são as virtudes que atraem os espíritos bons e sinceros, absolutamente incapazes de agir de modo
capcioso ou com intenções subversivas.
A
desculpa de certos médiuns de que, apesar
de sua boa intenção no serviço
mediúnico, foram mistificados, não é suficiente para os livrar dos espíritos
maquiavélicos, galhofeiros e inescrupulosos, que operam contra todas as criaturas interessadas na libertação do homem. Muitos médiuns,
apesar de bem intencionados, são no entanto vaidosos, ingênuos,
ignorantes, fanáticos ou excessivamente personalistas, oferecendo ensejo para os desencarnados
perversos os perturbarem no intercâmbio mediúnico. Os espíritos sagazes, maus e pervertidos pouco se importam com a boa
intenção dos encarnados;
interessa-lhes unicamente descobrir o
defeito moral, a ingenuidade mental ou a confiança
tola daqueles que se entregam ao serviço superior. Não é
bastante ao médium visualizar um
objetivo bom, para então livrar-se de
qualquer mistificação do Além. É preciso que ele compreenda que os espíritos
astutos, capciosos e cruéis ainda gozam da regalia de ser invisíveis.
Porventura o guia deixa de
intervir a favor do seu médium, no
caso da mistificação?
Os caprichos, as
teimosias, a preguiça, a negligência e os descasos
espirituais, que significam os pecados dos seres, Deus os tolera porque
representam as fases do processo evolutivo,
em, cuja luta heróica eles vão tomando conhecimento de si
mesmos e desfazendo-se dos prejuízos e equívocos que retardam a ascese angélica
(evolução do homem- nota blogueira).
O homem deve decidir conscientemente sobre aquilo que já o satura na vida transitória material, pois a sua libertação das ilusões da carne
deve ser efetuada sem violências ou
imposições draconianas, que somente o empurram para a frente, mas não o
esclarecem.
Assim como não vos é possível
cultivar flores formosas sem que
primeiramente sepulteis suas raízes no solo adubado com detritos repugnantes, o
espírito do homem também só desenvolve os seus poderes e alcança sua glória
angélica depois de fixar-se no seio da matéria inferior dos mundos planetários.
Os equívocos, as mistificações e as contradições espirituais de muitos médiuns
ainda são frutos dos seus deslizes e imprudências
cometidas no passado, quando feriram as mesmas almas que hoje os
mistificam e se desforram do Além-Túmulo. A mistificação, nesse caso, é apenas o efeito da Lei do Carma, em que,
embora a "semeadura seja livre, a colheita é obrigatória".
O médium poderia livrar-se da mistificação com o
afastamento dos espíritos mistificadores?
Trata-se de um
problema que não será solucionado com o simples afastamento dos espíritos
mistificadores de junto dos médiuns, de vez que esse afastamento depende da
renovação moral dos médiuns e do seu sincero perdão àqueles que lhes
atuam prejudicialmente. Conforme já vos temos lembrado, as moscas se
afastam devido à cura das feridas e não pelo seu incessante enxotamento. Geralmente o médium é mistificado pelos
seus velhos comparsas, vítimas ou algozes do passado. Por isso, deve
demonstrar a sua sincera humildade e o seu
amor àqueles que o ferem, tanto quanto ele os feriu outrora.
Os
espíritos adversos, do passado, obtêm maior êxito na sua empreitada malfeitora quando
suas vítimas estão oneradas pela mediunidade de
"prova", o que lhes toma o perispírito mais devassado para o "lado de cá" e facilita a
infiltração obsessiva. Eles procuram incentivar a vaidade, o amor próprio, o capricho, o orgulho, a falsa
modéstia e demais defeitos que possam
exaltar a personalidade do médium, o qual, muitas vezes, valoriza
demais a sua faculdade, deixando-se vencer pelo delírio da auto-suficiência e
impermeabilizando-se às intuições benfeitoras
do seu guia. Alguns médiuns imprudentes e vaidosos rejeitam
quaisquer advertências alheias, assim como confundem a humildade com a sua
própria ignorância. Assim tomam-se petulantes e se deixam dominar pelo "puro animismo", pela auto
exaltação e não escondem o despeito
contra aqueles que ousam duvidar de sua mediunidade.
Não tardam em perturbar a harmonia do ambiente que freqüentam e o tomam um clima de constrangimento e ansiedade, facilitando a divisão ‘entre as pessoas’( nota blogueira). Quando não recebem a lisonja de que se
julgam merecedores, ou os demais companheiros subestimam-lhes o prestígio e o
teor das mensagens do Além-Túmulo, eles
então se mudam com armas e bagagens para
outro ambiente espiritista, a fim de encontrar a compensação desejada.
Com essa mudança
insatisfeita, que é fruto da inconformação e
do anonimato, a faculdade mediúnica perde então a sua fluência natural e domina
o animismo incontrolável ou a fascinação sorrateira das sombras. A impaciência, a indisciplina e a desforra terminam por desencorajar os
próprios guias do médium, que não podem consumir o seu precioso tempo junto de quem só se preocupa com o seu
prestígio pessoal em detrimento do serviço benfeitor ao próximo.
Fonte: MEDIUNISMO, pelo espirito Ramatis, Psicografia de Hercílio Maes, Curitiba, 20 de agosto de 1960.
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