Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

73- POR QUE MUITOS MÉDIUNS FRACASSAM EM SUA MISSÃO MEDIUNICA?




"Quando Jesus enunciava que "muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores con­tas serão tomadas àqueles a quem mais coisas se haja confia­do", (Lucas, 12: 47,48), provavelmente o seu augusto pensa­mento referia-se também ao exercício da mediunidade. Sem dúvida, o médium natural, o intuitivo puro, que já possui o tesouro espiritual da intuição angélica, é aquele que mais recebe por mérito de sua maturidade e a "quem muito se pedirá". Mas ao médium de prova, embora seja pobre espiri­tualmente, "maiores contas lhe serão tomadas", pois também "mais coisas lhe são conferidas" no serviço mediúnico, para ressarcir os seus pecados pregressos.
 Mas não é propriamente a posse prematura da faculda­de mediúnica o motivo responsável pelo fracasso muito comum de alguns médiuns em prova na matéria. Isso é mais conseqüente de sua imperfeição ou contradição espiritual, pois o médium, em geral, é espírito que decaiu das posições privilegiadas do passado, sendo ainda muito apegado à sua personalidade humana transitória. Deste modo, ele subesti­ma a transcendência dos fenômenos que se processam por seu intermédio e os considera mais como produto exclusivo de sua vontade e capacidade mental.
Embora muitos médiuns sejam inteligentes e mental­mente desenvolvidos, o orgulho, a vaidade, a ambição, a pre­potência, a cupidez ou a leviandade ainda os fazem tombar de seus pedestais frágeis, porque se crêem magos excepcio­nais ou indivíduos de poderes extraordinários para a produ­ção de fenômenos extemporâneos ou revelações incomuns. A Terra ainda é pródiga de magos de feira, curandeiros merce­nários ou iniciados sentenciosos que, através de rituais extra­vagantes, atraem e exploram as multidões ignorantes. São verdadeiros "camelôs" da espiritualidade que, beneficiados pela graça mediúnica concedida pelos espíritos benfeitores, exploram-na sob o disfarce da magia ou dos poderes esotéricos, mas sempre evitando a disciplina do Espiritismo que, sem dúvida, lhes exigiria conduta ilibada e o absoluto desin­teresse no trato das coisas espirituais.
Entretanto, chega o momento em que eles são atingidos em cheio pela Lei Sideral, que lhes estanca a exploração do veio aurífero da mediunidade a serviço do comércio indigno e dos interesses pessoais. E assim terminam os seus dias sob terrível humilhação espiritual e sofrendo as agruras do mau emprego dos favores concedidos pelo Alto.
        ......
A mediu­nidade, realmente, é um desses talentos que os gênios do Bem concedem aos espíritos endividados e que necessitam urgente de sua própria reabilitação espiritual. No entanto, ela pode desaparecer a qualquer momento, desde que o seu portador a conspurque na Terra para satisfazer sua vaidade ou obter proventos ilícitos. A nenhum médium é facultado servir-se da mediunidade para o seu uso exclusivo ou aproveitamento egocêntrico, nem expô-la em público na feição de tabu de negócios. É também um dos talentos concedidos por Deus a seus filhos, tal como ensinou Jesus na sua parábola de admi­rável ensinamento espiritual (Mateus, 25: 14-30).
......
Os valores legítimos da faculdade mediúnica, quando são desenvolvidos e praticados com o Cristo, não produzem as quedas e as humilhações que aba­lam a vida tumultuosa dos médiuns imprudentes.O médium, como instrumento fiel da vontade do Senhor, revelada no mundo de formas, elabora um dos pio­res destinos para o futuro quando, pela sua negligência ou má-fé, subverte o programa espiritual que prometeu divul­gar à superfície da Terra. Há sempre atenuante para aquele que peca por ignorância, mas é indigno da tolerância quem o faz deliberadamente, depois de haver-se comprometido para a efetivação de um serviço que diz respeito ao bem de muitas outras criaturas."

Ramatis
Livro Mediunismo, Ramatis  
 

 

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