Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

sábado, 23 de maio de 2015

76- CORRENTE MEDIÚNICA: O QUE SIGNIFICA "FIRMAR A CORRENTE" ?




Se você é pai no santo ou médium frequentador de algum terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer:  - "Olha a corrente, gente! Vamos concentrar"!
Você sabe realmente o que isso quer dizer? Muita gente (até as que falam) não sabe! O que é essa tal de "corrente"?
          Será uma corrente de ferro ou de fibras que se forma no invisível? Será uma corrente que vai prender os espíritos? Será? Será?
Na verdade, quando um dirigente (quando bem preparado) chama a atenção para a "corrente" é porque ele sentiu uma queda ou diminuição na energia ambiente (EGRÉGORA) que deve ser mantida pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de auto-preservação.
          Numa gira de Umbanda ( e em outros cultos), um grupo de pessoas deve estar UNIDO POR UM MESMO IDEAL. Isso é a base de tudo!
         Criada a egrégora (pela união dos pensamentos direcionados aos mesmos fins), cada vez mais energias de mesma sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas atuam imediatamente nas pessoas que ali estão, e em alguns casos, se for bem forte já começam a operar alguns "milagres", desde que as pessoas estejam em estado de recepção (concentradas no ritual e ansiando por receberem um bem).
         As entidades afins (os seres espirituais) penetram e até são atraídas para o interior. Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma força invisível (a energia) que a princípio é incompatível com suas vibrações (isso se tudo estiver "correndo bem").

Obs.: se a corrente mediúnica estiver fraca, as pessoas com pensamentos confusos, dispersos, distraídos, ou com maus pensamentos, então um caos poderá se implantar, podendo ocorrer ataques de entidades inferiores que sempre esperam uma oportunidade para atrapalharem os trabalhos e até fazerem o mal as pessoas ali presentes – nota da blogueira.

Se uma entidade inferior for atraída para dentro da egrégora, ela fica de certa forma subjugada pela força desta e desse modo se consegue lhes dar um melhor encaminhamento para outros planos espirituais.
         As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os que ali estão na medida de suas possibilidades.
           A técnica usada nos terreiros de Umbanda e Candomblé para formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem dirigidos) está baseada nos rituais de "abertura".
          .............
Fazer com que a assistência de um terreiro participe ativamente ( assistência = nome dado ao publico em geral que procura ajuda- nota blogueira ), pensando positivamente, deve ser parte obrigatória de TODAS as giras de Umbanda. Essa, no entanto é uma prática esquecida e o que se vê em muitos terreiros é uma assistência quase sempre alheia, só participando em alguns momentos, de preferência quando vem ao encontro do que lhes interessa.
Dessa egrégora são retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada.
Por outro lado, se a corrente ou egrégora das "giras" não for suficiente, várias complicações podem acontecer com o passar do tempo, sendo que, o (a) dirigente, por ser o centro maior das atenções e para quem convergem as maiores quantidades de energia ali geradas e mesmo as trazidas pelos assistentes, é quem sofre, por assim dizer, as maiores conseqüências dos trabalhos realizados sem a devida segurança.

Muito sérias, são as conseqüência de uma corrente fraca num terreiro, fazendo com que muitos médiuns que não estão com o pensamento firme, positivo, e de elevado teor, saiam do terreiro piores do que quando entraram. (nota blogueira)

Baseado no texto: “Você sabe o que significa Egrégora?”, por “solkiinin”, em solkiinin@yahoo.com.br
Fonte: https://www.facebook.com/pages/Nos-Caminhos-de-Aruanda/320755374773241?fref=ts

QUEBRA DA CORRENTE MEDIÚNICA:

               É imperiosa a conscientização de todos os participantes dos trabalhos práticos de Umbanda, buscando-se sempre o objetivo maior de quaisquer ritualismos, que são a coesão e a uniformidade da corrente, e, assim, mantendo-se a sustentação vibratória pelo intercâmbio mediúnico superior. Na maioria das vezes, quando ocorre “quebra” de corrente, verificamos que alguns componentes dos trabalhos estavam desconcentrados. Em outras ocasiões, quando o medianeiro efetivamente está com interferência espiritual externa que influencia negativamente seu psiquismo, deve ser afastado “provisoriamente” dos trabalhos, para ser atendido espiritualmente, obtendo o tempo necessário para refletir sobre seu estado mental, mudando a condição psíquica e emocional que o está prejudicando como médium.

Trecho retirado: CARTILHA DO MÉDIUM UMBANDISTA
Fonte: https://www.facebook.com/PerolasRamatis?

retirado da pagina Pérolas de Ramatis

terça-feira, 19 de maio de 2015

75- MISTIFICAÇÃO



Antes de entrarmos no assunto mistificação vejamos a diferença entre Mistificação, Animismo e Mediunismo:

MISTIFICAÇÃO significa “abusar da credulidade de; enganar, iludir, burlar, lograr, embair, embaçar, trapacear”. 
MEDIUNISMO é a designação geral de todos os fenômenos psíquicos que têm por origem outros Espíritos (encarnados ou desencarnados) e que se tornam perceptíveis pela ação de um médium, pessoa que atua como “meio ou intermediário entre os Espíritos e os homens” 
ANIMISMO significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensa­gens transmitidas do Além-Túmulo.

MISTIFICAÇÃO:
As mistificações podem ser: inconscientes (involuntárias) e conscientes (voluntárias).
Diz-se que as mistificações são inconscientes ou involuntárias quando o médium não as detecta, ou seja, quando não tem noção de que estão ocorrendo. O Espírito mistificador é, em geral, ardiloso, astuto e, de modo proposital, tenta enganar o médium.  Acontece pela inexperiência, ingenuidade, invigilância, amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns ou falta de estudo do médium, como também dos demais integrantes da equipe mediúnica.

Nas mistificações conscientes ou voluntárias a comunicação é elaborada pela própria vontade do médium com a intenção de enganar, de burlar. Em alguns casos poderá até ser ajudado por Espíritos enganadores e malévolos, com os quais se afiniza. Mas o autor intelectual da mensagem é o médium que se dispôs a mentir e enganar.
A mistificação experimentada por um médium, explica Emmanuel, traz sempre uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor-próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo, razão pela qual não ocorre à revelia dos seus mentores mais elevados, que, somente assim, o conduzem à vigilância precisa e às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo. (O Consolador, questão no 401.) 
http://www.umbandacomamor.com.br/espiritismo/mistifeanimis.html  




Todos os médiuns podem ser mistificados?

A mistificação mediúnica ainda é proble­ma que requer minucioso estudo e análise isentos de qual­quer premeditação pessoal, porquanto nela intervém inúme­ros fatores desconhecidos aos próprios médiuns que são víti­mas desse fenômeno. A Terra ainda é um planeta em fase de ajuste geológico e de consolidação física; a sua instabilidade material é profundamente correlata à própria instabilidade espiritual de sua humanidade. Em conseqüência, ainda não podeis exigir o êxito absoluto no intercâmbio mediúnico entre os "vivos" e os "mortos", pois que depende muitíssimo do melhor entendimento evangélico que se puder manter nessas relações espirituais. Só os médiuns absolutamente credenciados no serviço do Bem, e assim garantidos pela sua sintonia à faixa vibratória espiritual de Jesus, é que real­mente poderão superar qualquer tentativa de mistificação partida do Além-Túmulo. Na verdade, os agentes das som­bras não conseguem interferir entre aqueles que não se des­cuidam de sua conduta espiritual e se ligam às tarefas de socorro e libertação dos seus irmãos encarnados.

A mistificação poderia significar descuido ou indiferença dos seus guias espirituais?

Ela é fruto de circunstâncias naturais cria­das pelo medianeiro, ou do descuido daqueles que ainda ima­ginam a comunicação/manifestação espiritual como um espetáculo para impressionar o público. O Espírito mistificador sempre aproveita o estado de alma, a ingenuidade ou a vaidade do médium para então mis­tificar. No entanto, podemos vos assegurar que a mistificação não acontece à revelia dos mentores do médium, embora eles não possam ou não devam intervir, tudo fazendo para que os seus intérpretes redobrem a vigilância e acuidade psíquica, a fim de se fortalecerem para o futuro.Na verdade, a maioria das mistificações deve-se mais ao amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns no intercâmbio tão com­plexo e manhoso com o plano invisível, em que se abando­nam displicentemente à prática de sua faculdade mediúnica.

 A mistificação, poderia ter por objetivo principal extinguir a vaidade do próprio médium?

Os mentores de alta estirpe espiritual nunca promovem qualquer acontecimento deliberado de mis­tificação mediúnica; e não o fariam mesmo que pudesse servir de advertência educativa para o médium vaidoso. O próprio médium é que oferece ensejo para a perturbação ou a presen­ça indesejável no seu trabalho. Algumas vezes a base da misti­ficação é cármica, e por isso o médium não consegue livrar-se dos adversários pregressos, que o importunam a todo momen­to, procurando mistificá-lo de qualquer modo e dificultar-lhe a recuperação espiritual na tarefa árdua da mediunidade.
Não cremos que a vaidade dos médiuns desapareça só porque sejam vítimas da mistificação coletiva. Em geral, quando eles comprovam que foram iludidos pelos desencarna­dos, sentem-se profundamente feridos no seu amor-próprio e então se revoltam contra a sua própria faculdade mediúnica. E assim, em muitos casos, o médium mistificado e revoltado pela decepção de ter sido humilhado na mistificação, mais rapida­mente desiste da tarefa mediúnica que o ajudava a amortizar (aliviar, diminuir)  a dívida cármica, terminando por corresponder exatamente aos propósitos maquiavélicos dos seus perseguidores do Além.
Alguns médiuns já abandonaram a prática mediúnica, alegan­do que foram traídos na sua boa intenção e não receberam o devido adjutório do Alto, o que lhes seria justo esperar.
São raros os que admitem, sem quaisquer susceptibili­dades, que dia mais ou dia menos podem ser mistificados, não por culpa dos seus mentores, mas pela imprudência, pelo descaso, vaidade ou interesse utilitarista com que às vezes são dominados, oferecendo ensejos para a infiltração de espíritos levianos, irresponsáveis e malévolos no exercício de sua mediunidade.
Os desocupados do Além-Túmulo espreitam astutamente qualquer brecha vulnerável que se faça no caráter do médium ou perturbação no seu trato com a família amiga ou ambiente de trabalho, para assim inter­ferirem durante a queda na freqüência vibratória espiritual e lograrem a mistificação que depois desanima, decepciona ou enfraquece a confiança. A mistificação ainda significa determinada cota de sacrifício na prática mediúnica, assim como acontece em certas profissões humanas, seja a enge­nharia, a advocacia ou a medicina, em que os seus profissio­nais, com o decorrer do tempo, vão eliminando gradativamente os equívocos dos primeiros dias, até se firmarem defi­nitivamente na sua tarefa profissional.

 Qual o meio mais eficiente para o médium livrar-se das mistificações dos desencarnados?

Sem dúvida é a sua conduta moral e inte­gração incondicional aos preceitos sublimes da vida espiri­tual superior. Se o médium pautar todos os seus atos e subor­dinar seus pensamentos à diretriz doutrinária do Cristo-Jesus, ele há de se ligar definitivamente às entidades superio­res responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade terre­na, que o imunizarão contra os espíritos maquiavélicos. A paciência, a bondade, o desinteresse, a renúncia, a humilda­de e o amor são as virtudes que atraem os espíritos bons e sinceros, absolutamente incapazes de agir de modo capcioso ou com intenções subversivas.
A desculpa de certos médiuns de que, apesar de sua boa intenção no serviço mediúnico, foram mis­tificados, não é suficiente para os livrar dos espíritos maquia­vélicos, galhofeiros e inescrupulosos, que operam contra todas as criaturas interessadas na libertação do homem. Muitos médiuns, apesar de bem intencionados, são no entanto vaido­sos, ingênuos, ignorantes, fanáticos ou excessivamente perso­nalistas, oferecendo ensejo para os desencarnados perversos os perturbarem no intercâmbio mediúnico. Os espíritos saga­zes, maus e pervertidos pouco se importam com a boa inten­ção dos encarnados; interessa-lhes unicamente descobrir o defeito moral, a ingenuidade mental ou a confiança tola daqueles que se entregam ao serviço superior. Não é bastante ao médium visualizar um objetivo bom, para então livrar-se de qualquer mistificação do Além. É preciso que ele com­preenda que os espíritos astutos, capciosos e cruéis ainda gozam da regalia de ser invisíveis.

 Porventura o guia deixa de intervir a favor do seu médium, no caso da mistificação?

Os caprichos, as teimosias, a preguiça, a negligência e os descasos espirituais, que significam os pecados dos seres, Deus os tolera porque representam as fases do processo evo­lutivo, em, cuja luta heróica eles vão tomando conhecimento de si mesmos e desfazendo-se dos prejuízos e equívocos que retardam a ascese angélica (evolução do homem- nota blogueira).
O homem deve decidir conscien­temente sobre aquilo que já o satura na vida transitória material, pois a sua libertação das ilusões da carne deve ser efetuada sem violências ou imposições draconianas, que somente o empurram para a frente, mas não o esclarecem.
           Assim como não vos é possível cultivar flores formosas sem que primeiramente sepulteis suas raízes no solo adubado com detritos repugnantes, o espírito do homem também só desenvolve os seus poderes e alcança sua glória angélica depois de fixar-se no seio da matéria inferior dos mundos planetários. Os equívocos, as mistificações e as contradições espirituais de muitos médiuns ainda são frutos dos seus deslizes e imprudên­cias cometidas no passado, quando feriram as mesmas almas que hoje os mistificam e se desforram do Além-Túmulo. A mis­tificação, nesse caso, é apenas o efeito da Lei do Carma, em que, embora a "semeadura seja livre, a colheita é obrigatória".

 O médium poderia livrar-se da mistifi­cação com o afastamento dos espíritos mistificadores?

Trata-se de um problema que não será solucionado com o simples afastamento dos espíritos mistifi­cadores de junto dos médiuns, de vez que esse afastamento depende da renovação moral dos médiuns e do seu sincero perdão àqueles que lhes atuam prejudicialmente. Conforme já vos temos lembrado, as moscas se afastam devido à cura das feridas e não pelo seu incessante enxotamento. Geralmente o médium é mistificado pelos seus velhos comparsas, vítimas ou algozes do passado. Por isso, deve demonstrar a sua sincera humildade e o seu amor àqueles que o ferem, tanto quanto ele os feriu outrora.
Os espíritos adversos, do passado, obtêm maior êxito na sua empreitada malfeitora quando suas vítimas estão onera­das pela mediunidade de "prova", o que lhes toma o perispí­rito mais devassado para o "lado de cá" e facilita a infiltração obsessiva. Eles procuram incentivar a vaidade, o amor pró­prio, o capricho, o orgulho, a falsa modéstia e demais defeitos que possam exaltar a personalidade do médium, o qual, mui­tas vezes, valoriza demais a sua faculdade, deixando-se vencer pelo delírio da auto-suficiência e impermeabilizando-se às intuições benfeitoras do seu guia. Alguns médiuns impruden­tes e vaidosos rejeitam quaisquer advertências alheias, assim como confundem a humildade com a sua própria ignorância. Assim tomam-se petulantes e se deixam dominar pelo "puro animismo", pela auto exaltação e não escondem o despeito contra aqueles que ousam duvidar de sua mediunidade.
Não tardam em perturbar a harmonia do ambiente que freqüentam e o tomam um clima de constrangimento e ansiedade, facilitando a divisão ‘entre as pessoas’( nota blogueira). Quando não recebem a lisonja de que se julgam merecedores, ou os demais companheiros subestimam-lhes o prestígio e o teor das mensagens do Além-Túmulo, eles então se mudam com armas e bagagens para outro ambiente espiritista, a fim de encontrar a com­pensação desejada.
Com essa mudança insatisfeita, que é fruto da inconfor­mação e do anonimato, a faculdade mediúnica perde então a sua fluência natural e domina o animismo incontrolável ou a fascinação sorrateira das sombras. A impaciência, a indis­ciplina e a desforra terminam por desencorajar os próprios guias do médium, que não podem consumir o seu precioso tempo junto de quem só se preocupa com o seu prestígio pessoal em detrimento do serviço benfeitor ao próximo.


Fonte: MEDIUNISMO, pelo espirito Ramatis, Psicografia de Hercílio Maes, Curitiba, 20 de agosto de 1960.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

74- SIGNIFICADO DE ALGUNS TERMOS E PALAVRAS DE TERREIRO:


abacé = terreiro
abaçá = cozinheiro que prepara comidas de santo
abrir a gira - Significa o início ou abertura dos trabalhos nos terreiros de Umbanda.
alodê = saudação à Iemanjá; indivíduo de cor negra
.
Agô = licença
Alguidar - Bacia de barro usada para entregas, ascender velas, deposito de banhos, entrega de comidas e defumação. Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

Aruanda = Céu, Paraíso, Nirvana ou Firmamento significam a mesma coisa, isto é, a moradia daquele que é Criador de todos os mundos e de todas as coisas. Plano Espiritual Elevado; morada dos espíritos de luz
Aruê - Saudação a Exu (Aruê - Exu ou Laroiê Exu} - termo também usado para espíritos desencarnados.
Aparelho
- Médium. Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” da entidade do médium.
Assento - Termo utilizado para um local preparado para um Orixá ou Exu. Santuário exclusivo.
Atabaque = instrumento feito geralmente de madeira e couro, onde são tocados os pontos cantados.


Azeite-de-dendê - Óleo baiano extraído do dendezeiro, sendo muito utilizado na culinária dos Orixás.

Babalaô = sacerdote, em Yorubá
Badoque  ou bodoque = espécie de estilingue
Baixar - Termo que quer dizer incorporação das Entidades nos médiuns. Esse termo designa que toda entidade que vem do Céu (Plano Astral Superior), ou seja, da Aruanda, baixe das alturas para a Terra.
Banda - Termo utilizado para designar a linha espiritual a qual pertence determinada Entidade. Lugar de origem de entidade
.
Bater-cabeça - Reverenciar. Ritual que quer dizer cumprimentar respeitosamente e humildemente. Abaixar-se aos pés do Congá (altar) ou de uma Entidade tocando com a testa ou cabeça no chão ou congá. Representa respeito e humildade.
Bater para o santo - Tocar os atabaques com o ritmo peculiar a determinado Orixá.
Burro = termo usado por exus para designar o médium

Cabaça - Vasilha feita do fruto maduro do cabaceiro depois de retirado o miolo. Utilizado também como moringa de bebida (água) e para fazer cuias de chimarrão.


Cabeça-feita - Médium que já passou pelo ritual do Amaci. Denominação do médium desenvolvido, já cruzado no Terreiro, com seu Orixá de Pai-de-cabeça definido.
Canjerê = Reunião de pessoas, geralmente negros, para danças ou cerimônias rituais.
Cambono/cambone - Auxiliar de Médiuns de Incorporação e o Servidor dos Orixás. O cambone é o médium que auxilia o consulente (leigo) a entender as Entidades. Auxiliar de culto.
Canjira - Lugar onde são realizadas danças religiosas. Curimba no meio do Terreiro.
Calunga grande = mar;
Calunga pequena = cemitério.
Catimbó = culto magistico-religioso, originário do nordeste do Brasil
Catira ou cateretê = é uma dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos; com influências indígenas, africanas e européias.
Casa das Almas =  tb chamada de cruzeiro das almas; local sagrado do Pai Omulu; representado por uma Cruz e geralmente degraus para acender velas.


Capangueiro - Termo usado no sentido de companheiro.
Cavalo = médium
Coroa = refere-se ao chakra coronário localizado no alto da cabeça
Carijó = 1- galinhas malhadas nas cores preta e branca; 2- tribo indígena brasileira.
Congá (gongá ou congar) - Altar o qual os Santos católicos são sincretizados com os Orixás africanos. Altar principal de um Terreiro de Umbanda.


Cazuá = terreiro
Coité (Coitê) - Fruto do coitezeiro - seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.

Compadre - Designação para Exu.
Curimar - Cantar. Entoar pontos cantados.

Dar firmeza ao terreiro- Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
Descarga - Ação para afastar do corpo de alguém, ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de: banhos, passes, defumação, queima ou pólvora e etc.
Descarregar - Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.
Descarrego - O mesmo que descarregar. Despachar restos de vela, pontas de charuto e demais sobras do trabalho da entidade em local adequado.
Descer (descida) - Ato de entidade incorporar. Quando as Entidades Espirituais vão incorporar no médium.
Desenvolvimento - Treino do iniciado nos trabalhos espirituais visando seu aperfeiçoamento mediúnico e pessoal. Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.
Desmanchar trabalho - É tornar livre uma pessoa dos efeitos de trabalho de enfeitiçamento, como também beneficiar alguém que tenha sido vítima de magia negra.
Despachar - Entregar ao Orixá o que é do Orixá. Despachar também é um termo usado para tudo que é sagrado, seja comida de santo, seja qualquer objeto sacro seja entregue num local adequado a cada Orixá.
Despacho - Trabalho entregue para anular um feitiço, desmanchar trabalhos de magia negra.

Ebô - Despacho. Presente para Exu. Oferta que se oferece em encruzilhadas ou em qualquer outro local.
Egum = espírito sofredor, obsessor, ignorante, que muitas vezes não sabe de sua condição de espírito desencarnado.
Elegbá - Espírito Maléfico. Entidade que trabalha somente com Magia Negra.
Encosto - Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.
Encruza - É o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc. Habitat de Exu.
Encruzar (cruzar) - Ritual umbandista no início de um período ou sessão, consistindo em fazer uma cruz com a pemba na nuca, na palma da mão, na testa do médium e na sola do pé. Isso fecharia o corpo do médium e protegeria, fortificaria sua mediunidade e ajuda também a estabelecer uma ligação mais firme com os Guias Espirituais. No encruzamento dos médiuns é entonado um canto próprio para a ocasião
Engira - O mesmo que gira – trabalho – sessão.
Entidades - Seres espirituais na Umbanda.
Espírito de luz - Espírito com alto grau de evolução, superior e puro.
Espíritos obsessores - Espíritos com muito pouco ou mesmo nenhum desenvolvimento, são entidades que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes e prejudicando-as em todos os sentidos.
Falange - O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior. Falange em Umbanda significa a subdivisão de Linhas onde cada falange é composta de um número incalculável de espíritos orientados por um Guia chefe da mesma.
Falangeiro - Espírito pertencente a uma determinada Falange.
Fechar a gira - Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória. Encerrar os trabalhos no terreiro.
Fechar a tronqueira- Ato de defumar e cruzar o terreiro - os quatro cantos do terreiro - evitando que espíritos perturbadores ou zombeteiros atrapalhem o culto.
Feito - É o médium masculino desenvolvido dentro do terreiro.
Feito de santo - Iniciação do desenvolvimento de um médium.
Feita(o) no santo - Médium que teve o cerimonial de firmeza de cabeça por haver completado seu desenvolvimento mediúnico.
Filho(a) de fé- Designação do médium iniciante ou não. Denominação para adeptos da Umbanda.
Folho(a) de santo - Médium que se submeteu a doutrina e todo ritual.
Firma - Peça central da guia utilizada pelos iniciados pendurada no pescoço durante as sessões, é colocada no ponto no qual a guia de proteção é amarrada/fechada. 


Firmar- concentrar-se para a incorporação
Firmar anjo de guarda - Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.
Firmar porteira - Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada. É a segurança para os trabalhos da sessão que será realizada.
Firmar ponto - Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual. O Ponto Firmado pode ser apenas cantado como também riscado ou a combinação de ambos. Significa também quando o Guia dá seu ponto cantado e/ou riscado, como prova de identidade.
Firmeza - O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
Fundamentos - Leis de Umbanda, suas crenças.
Fundanga - Pólvora.

Gameleira =Árvore da família das Moráceas
Ganga = feiticeiro, mago.
Guia ou Guia de segurança = espécie de colares feitos de materiais diversos (contas de vidro, madeira, sementes, etc.) servindo como elo de ligação do médium e as entidades, proteção e descarrego.
 Gira - Sessão espírita com cânticos e danças para cultuar as entidades e Orixás. Corrente espiritual. Caminho.
Guia de cabeça (guia de frente)- Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor. Pai de cabeça.

Humaitá= na mitologia Tupi era onde se consagrava o deus da guerra, protetor dos guerreiros, deus este que tem uma ligação muito forte com Ogum; hoje conhecida como a morada de Ogum.

Ialorixá = sacerdote feminina, em Yorubá
Indaiá = espécie de palmeira.
Incorporar - Entrar em transe, “receber” a entidade.
Iorubás (YORUBÁS) - Negros africanos que falam a linguagem Nagô.

Juremá - Na Umbanda os Caboclos vem de Aruanda, no Catimbó eles vem do Juremá. O Juremá como no nosso mundo real, é composto de aldeias, cidades e estados ou reinados. Nestes estados e cidades moram os encantados, mestres e caboclos.
Kuimba (quiumba) - Espírito maléfico e obsessor. Espírito atrasado e sem nenhuma luz. Zombeteiro. Encosto.
Lavagem de cabeça - A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amaci (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto de caboclo. A confirmação do Guia de Cabeça verifica-se após a lavagem de cabeça, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao Congá.
Legião - Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos em evolução.
Lei de Umbanda - A crença da Umbanda e seus rituais.
Linha - Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um Orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada Orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de Umbanda, linha branca, etc. União das falanges, sendo que cada um tem seu chefe.

Macaia = local sagrado nas matas
Mironga= feitiço
Mirongueiro = feiticeiro.
Mãe de santo - Médium feminino chefe ou dirigente de terreiro, Madrinha, Babá.
Mãe-Pequena - Médium feminina desenvolvida e que substitui a Mãe/Pai de Santo. Auxiliar das iniciadas (iaôs) durante o seu desenvolvimento mediúnico.
Maleme (MALEIME ou MALEMBE) - Pedido de socorro, de clemencia, de auxílio ou ajuda, de misericórdia. Podem vir em forma de cânticos ou preces pedindo perdão. Pedido de perdão.
Mandinga - Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.
Maracá - Do tupi mbaraká - chocalho usado em solenidades. 

Marafa (MARAFO) - Aguardente, cachaça. Bebida de Exú.
Matéria - Corpo, parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.
Mau olhado - Quebranto, feitiço. Doença ou mal estar causado por um olhar mau, invejado.
Médium - Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do Espiritismo, adotado pela Umbanda.
Mironga - Feitiço, segredo, feitiço feito pelos Espíritos Nagôs. Mistério.
Muzambê - Forte, vigoroso.
Nago ou Anago = um povo do reino de Ketu, na África ocidental  atual República do Benim. Dá-se ao nome de uma Nação a uma religião afro-brasileira.

Ogum Megê = Ogum que atua nos cemitérios, ao lado de Omulu.
Oyá – vento que conduz o espírito dos mortos, da Terra para O Reino dos Antepassados. Iansã tb é conhecida como Oyá.
Olho-de-boi- Semente de Tucumã, gozando de propriedades protetoras contra cargas negativas como feitiços, mau-olhado, inveja. Tem muitas utilidades no terreiro, desde patuás até guia (colar).

Oni = senhor; Irê = aldeias = Onirê = senhor da aldeia.
Onira = guerreira dos ventos que faz curva, ninfa das águas doces; controla Eguns.
Orixás = aspéctos da divindade, altas vibrações cósmicas, forças da natureza, representados na umbanda geralmente por imagens de santos católicos
Ori - Cabeça.

Patuá - PA = erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças). Amuleto que é colocado num saquitel (pedaço de pano costurado em forma de saquinho) e é pendurado no pescoço, ou se prende na roupa de uso.
Paranga = espécie de droga entorpecente
Pemba = espécie de giz utilizado nos pontos riscados.
Perna de calça / calçudo - Significa homem na linguagem de Exu e Pretos-velhos.
Ponteiro - Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.
Puxar o ponto - Iniciar um cântico. É geralmente feito por um Ogã.  

Quebrar demanda (QUEBRAR AS FORÇAS) - É anular, desmanchar o efeito de um trabalho para prejudicar ou perturbar uma pessoa.
Quizila (QUEZILA ou QUEZÍLIA) - Tabu, implicância, interdição, indisposição em relação a algo ou alguém, conjunto de proibições. Aversão, antipatia, repugnância, alergia a alguma coisa.  

Reinos - Uma das divisões dos mundos espirituais. Domínios dos Orixás. Alguns exemplos: Juremá, Pedreiras, Fundo do Mar, Humaitá, etc.
Riscar ponto - Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

Samborê - Também vem do Cabula e do Omolokô, samba = pular com alegria, ou seja, momento de grande energia onde as sambas do Cabula e do Omolokô pulavam com alegria. "Sambore, pemba de angola" - quando risca o ponto, canta o ponto para a firmeza dos trabalhos.
Saravá = cumprimento, saudação.

Tambora = instrumento de percussão indígena
Tronqueira – espécie de casa feita de madeira, metal ou de tijolos, que fica localizada á esquerda da entrada de um terreiro, onde é firmada as velas para Exus da casa, para segurança do terreiro.
Toalha = pano branco ou espécie de lenço que o médium usa dentro do terreiro em sinal de respeito e proteção.

Urucaia = 1-É o mesmo que uma ócara indígena. 2-= nas religiões afro-brasileiras é a casa de Zambi; lugar sagrado.
Vatapá = prato típico da cozinha da Bahia

Zamborê = adivinhador, feiticeiro.
Zambi/ Olorum = Deus Supremo

sexta-feira, 15 de maio de 2015

73- POR QUE MUITOS MÉDIUNS FRACASSAM EM SUA MISSÃO MEDIUNICA?




"Quando Jesus enunciava que "muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores con­tas serão tomadas àqueles a quem mais coisas se haja confia­do", (Lucas, 12: 47,48), provavelmente o seu augusto pensa­mento referia-se também ao exercício da mediunidade. Sem dúvida, o médium natural, o intuitivo puro, que já possui o tesouro espiritual da intuição angélica, é aquele que mais recebe por mérito de sua maturidade e a "quem muito se pedirá". Mas ao médium de prova, embora seja pobre espiri­tualmente, "maiores contas lhe serão tomadas", pois também "mais coisas lhe são conferidas" no serviço mediúnico, para ressarcir os seus pecados pregressos.
 Mas não é propriamente a posse prematura da faculda­de mediúnica o motivo responsável pelo fracasso muito comum de alguns médiuns em prova na matéria. Isso é mais conseqüente de sua imperfeição ou contradição espiritual, pois o médium, em geral, é espírito que decaiu das posições privilegiadas do passado, sendo ainda muito apegado à sua personalidade humana transitória. Deste modo, ele subesti­ma a transcendência dos fenômenos que se processam por seu intermédio e os considera mais como produto exclusivo de sua vontade e capacidade mental.
Embora muitos médiuns sejam inteligentes e mental­mente desenvolvidos, o orgulho, a vaidade, a ambição, a pre­potência, a cupidez ou a leviandade ainda os fazem tombar de seus pedestais frágeis, porque se crêem magos excepcio­nais ou indivíduos de poderes extraordinários para a produ­ção de fenômenos extemporâneos ou revelações incomuns. A Terra ainda é pródiga de magos de feira, curandeiros merce­nários ou iniciados sentenciosos que, através de rituais extra­vagantes, atraem e exploram as multidões ignorantes. São verdadeiros "camelôs" da espiritualidade que, beneficiados pela graça mediúnica concedida pelos espíritos benfeitores, exploram-na sob o disfarce da magia ou dos poderes esotéricos, mas sempre evitando a disciplina do Espiritismo que, sem dúvida, lhes exigiria conduta ilibada e o absoluto desin­teresse no trato das coisas espirituais.
Entretanto, chega o momento em que eles são atingidos em cheio pela Lei Sideral, que lhes estanca a exploração do veio aurífero da mediunidade a serviço do comércio indigno e dos interesses pessoais. E assim terminam os seus dias sob terrível humilhação espiritual e sofrendo as agruras do mau emprego dos favores concedidos pelo Alto.
        ......
A mediu­nidade, realmente, é um desses talentos que os gênios do Bem concedem aos espíritos endividados e que necessitam urgente de sua própria reabilitação espiritual. No entanto, ela pode desaparecer a qualquer momento, desde que o seu portador a conspurque na Terra para satisfazer sua vaidade ou obter proventos ilícitos. A nenhum médium é facultado servir-se da mediunidade para o seu uso exclusivo ou aproveitamento egocêntrico, nem expô-la em público na feição de tabu de negócios. É também um dos talentos concedidos por Deus a seus filhos, tal como ensinou Jesus na sua parábola de admi­rável ensinamento espiritual (Mateus, 25: 14-30).
......
Os valores legítimos da faculdade mediúnica, quando são desenvolvidos e praticados com o Cristo, não produzem as quedas e as humilhações que aba­lam a vida tumultuosa dos médiuns imprudentes.O médium, como instrumento fiel da vontade do Senhor, revelada no mundo de formas, elabora um dos pio­res destinos para o futuro quando, pela sua negligência ou má-fé, subverte o programa espiritual que prometeu divul­gar à superfície da Terra. Há sempre atenuante para aquele que peca por ignorância, mas é indigno da tolerância quem o faz deliberadamente, depois de haver-se comprometido para a efetivação de um serviço que diz respeito ao bem de muitas outras criaturas."

Ramatis
Livro Mediunismo, Ramatis