Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

terça-feira, 14 de abril de 2015

67- MALEDICÊNCIA. OS MALES DA FOFOCA NO TERREIRO





As casas de Umbanda estão sempre com suas portas abertas a todos, se motivando pela caridade no ajudar ao próximo e na educação moral e espiritual do ser humano.
           O “código moral umbandista” se baseia no respeito às diferenças, no respeito a todas as crenças, e a todas as formas de praticar a religião de Umbanda que existem no mundo. Sem preconceito, a Umbanda acolhe a todos e a todos tem uma palavra de força, de fé de conforto. Porém, os terreiros não são perfeitos, pois o material de trabalho dos Guias e Orixás somos nós, seres humanos que têm defeitos, manias, maus hábitos, defeitos morais e espirituais que os Guias têm de conviver, e, aos poucos, quando a matéria permite modificações, eles as fazem de bom grado, mas sabendo que nem tudo é passível de mudança. Só tempo é com muita paciência e boa vontade (com uma dose de determinação e aceitação do médium) é que as mudanças podem ocorrer (Umbanda não faz milagres, muito menos, os Guias e Orixás).
Um dos piores defeitos morais coletivos que pode existir dentro de um terreiro é a “fofoca”, e, com ela, as intrigas. Se existem fofocas isso demonstra que também existe inveja, ciúmes, vaidades, soberba... Ou seja, uma série de maus modos que têm como termômetro a fofoca.

             Normalmente o “médium fofoqueiro” não faz essa prática por mal. Ele a faz por um vício que traz de casa, do convívio familiar e que não foi corrigido em tenra idade, e que acaba se tornando um vício que persegue a pessoa dentro da própria família, em suas relações pessoais, no trabalho e, infelizmente, dentro de uma casa espiritual (não só nos terreiros de Umbanda, mas nas casas espirituais em geral: Igrejas, Centros Kardecistas, Terreiros de Candomblé, etc.).
             O “médium fofoqueiro”, muitas vezes, não tem idéia do mal que acaba fazendo, pois se torna compulsivo e involuntário nas palavras (a língua acaba sendo mais rápida do que o pensamento racional e moral). Com isso acaba gerando desconforto dentro do ambiente do terreiro, pois finda no jogo cruel e imoral do “jogar uma pessoa” contra as outra, ou outras; amigos contra amigos, irmãos contra irmãos; Pai/Mãe de Santo contra o ou os filhos; os filhos contra o Pai/Mãe de Santo. Ou seja, gera um caos, onde o “médium fofoqueiro” fica olhando e se divertindo com tudo aquilo, sem dar conta do estrago que está fazendo.
 

Porém, como lidar para que as coisas não cheguem a um ponto extremo de ter que expulsar um “médium fofoqueiro” de um Terreiro?

Inicialmente as queixas devem ser levadas ao Guia chefe da casa e/ou ao Sacerdote de comando do Terreiro, para que ele possa avaliar essas queixas. Caso as mesmas sejam pertinentes, o “médium fofoqueiro” deve ser chamado, tendo em vista que a pessoa não faz essa prática por ser ruim, mas porque tem problemas diversos (baixa estima; ciúmes inexplicáveis; é muito possessiva e não aceita dividir ou ter perdas; problemas de relacionamento em casa: marido, pais ou filhos; é uma pessoa, muitas vezes, amarga com a vida e com as pessoas em volta dela, frustrada nos relacionamentos pessoais, nos relacionamentos familiares, no trabalho ou com sua própria aparência, etc.). Assim deve-se ter muito tato para conversar com o médium para que ele não se sinta perseguido ou constrangido (Normalmente o “médium fofoqueiro” é uma pessoa que se sente perseguida diante de qualquer problema, principalmente dentro daqueles que ela tenha provocado – isso é uma forma de autoproteção ou fuga do problema... No todo a conversa deve ser franca é concentrada no problema colocado e se a pessoa tem idéia do que fez, buscando-se sempre os motivos (coerentes ou não).
               O “médium fofoqueiro” deve entender que aquele tipo de prática não pode existir dentro do terreiro, ficando claro que punições são cabíveis a esse tipo de prática, podendo chegar à expulsão. Deve ser sempre monitorado até que os problemas sejam sanados, e o bem estar volte à comunidade como um todo.
              O trabalho espiritual é constante e não adianta acreditar que as coisas irão se resolver sozinhas ou pelo Astral Superior. Esse é um pensamento muito comodista, pois as coisas dos homens, em geral, são resolvidas pelos próprios homens ou com apoio e intervenção da espiritualidade através dos Guias. Se as coisas são deixadas de lado por medos vários, elas tendem a crescer a um ponto do insuportável, onde acabamos tomando medidas ou posicionamentos extremos, onde poderíamos ter uma ação mais preventiva ou pró-ativa para evitar ou sanar os problemas.
Trecho retirado: Terreiro de Umbanda Xangô
https://www.facebook.com/terreiroxango/posts/360434390737371?fref=nf&pnref=story
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RELATO de um caso ditado pelo Sr. Caboclo Sete Estrelas: 


                     Em um determinado dia que não sei precisar fui convidado por um amigo espiritual a visitar, um templo de umbanda. Fui então volitando com a entidade amiga até descermos em direção ao portão de entrada do terreiro.
                   Lá adentrando e passado alguns segundos eu pude ver e, o que eu vi, me fez pensar que estava participando de algum filme de terror: as paredes do terreiro estavam todas recobertas por uma espécie de gosma marrom-enegrecida por onde rastejavam alguns tipos de larvas e vermes, flutuando por todo o terreiro havia uma fumaça preta e tênue.... também havia um cheiro terrível de enxofre.




O caboclo assim disse: Você sabe que a luz afasta as trevas, certo? — Certo. — Mas você já viu isto alguma vez? — Não. — Então apenas observe. Quando a entidade disse isto eu comecei a ver e o que eu vi e ouvi é quase indescritível: passei a escutar intensos e incontáveis assobios e bater de palmas ritmadas como se houvessem dezenas de pares de mãos invisíveis aos meus olhos, instantes depois eu comecei a sentir um forte odor de terra como se estivesse dentro de uma mata, notei então que na região central do terreiro eu passei a ver um tipo de portal na coloração laranja com a forma de um circulo abrindo lentamente e de maneira centrifuga, do interior deste portal saiam pequenos e incontáveis seres de fogo que retiraram toda a gosma da parede e que atraíram toda a fumaça para dentro do portal, após tudo isto, da mesma forma que vieram, estes seres se foram e portal fechou-se imediatamente.
Salamandras, elementais do fogo
               A primeira dúvida que surgiu a minha mente foi: que gosma nojenta é esta pelas paredes?
Caboclo: então, neste terreiro onde estamos, que sei lhe é particular, estão relaxando com a profilaxia contra algumas doenças da alma. — Doenças da alma? — É companheiro, enfermidades morais.
Então o senhor está querendo dizer para mim que os médiuns da casa, ou seja, aqueles que deveriam auxiliar as entidades espirituais na prática da caridade contra doenças morais, são os mesmos que as estão transmitindo? — E qual seria ela: o orgulho, o egoísmo, a avareza?
 Caboclo — Não companheiro, a mais terrível destas moléstias é aquela que se propaga mais facilmente e, assim, adoece aos médiuns com mais rapidez e profundidade: a fofoca. E esse é um dos males que faz que com um terreiro feche as portas.

— Mas e o Sr. Preto-velho dirigente desta casa? Por acaso ele não sabe que estão lhe passando informações que são um monte de calúnias e fofocas, sejam elas propositais ou não?
Caboclo: - Somente Deus é onisciente e, portanto, somente Ele sabe de todas as coisas.
        - A fofoca, a maledicência, as formas-pensamento presentes na psicosfera dos médiuns, entre outros, podem enlamear e derrubar todo e qualquer terreiro.
          Mas se a fofoca faz com que esta casa de caridade fique com um aspecto espiritual tão asqueroso como presenciei isto só pode significar que esta casa de caridade está em vias de entrar em extinção?
Caboclo-  Não? — Não!!! Acontece que este terreiro não é formado apenas por “médiuns-cupins”, aqui também existem “médiuns-formigas”.
— “Médiuns-formigas”?
Caboclo — Sim. Aqueles médiuns simples, humildes que quase não são notados, médiuns pequeninos em vaidade e que procuram trabalhar em conjunto com vistas ao bem maior que é a caridade.
E eu, sensivelmente emocionado, respondi: — Acho que entendo o que o senhor quer dizer. — “Médiuns-formigas”, enfim, são aqueles que, como disse um mano meu em uma certa prece, “ estão na umbanda pela umbanda, na confiança pela razão, são também trabalhadores silenciosos cujas ferramentas chamam-se DOM e FÈ, e cujos ‘salários’ de cada noite são pagos com uma só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra a INGRATIDÃO”.
— Enquanto aqui nesta casa de religião houver “médiuns-formigas” esta casa jamais cairá.
Em outro dia no mesmo terreiro,uma Palestra foi ministrada pelo Caboclo Sete Estrelas para os médiuns e assistência desse terreiro:
              E o Caboclo começa com uma pergunta: - qual é a arma que traz mais malefícios à humanidade?”
               E a grande maioria até mesmo respondeu que era a bomba; o fogo, arma de fogo...
 Caboclo: - A arma que traz mais malefícios ao ser humano é a própria língua dele. A língua do homem pode ser uma arma tão terrível e perigosa que Nosso Senhor Jesus Cristo disse certa vez que ‘o que mata o homem não é o que entra em sua boca, mas sim o que sai dela, ou seja, as palavras’.
           - Isso por que da mesma forma que é fácil iniciar um incêndio e difícil extingui-lo, também é bastante fácil criar uma maledicência e espalhar uma fofoca e é extremamente difícil, em uma só encarnação, apagar os efeitos nefastos que estes verdadeiros incêndios verbais causam na vida das pessoas que foram caluniadas e ofendidas...

Trecho do artigo publicado: http://pedrorangelsa.blogspot.com/2008/03/lies-sinceras-de-um-caboclo.html
Postado na pág. http://comunidadeumbanda.blogspot.com.br/2010/06/fofocas-em-terreiro.html



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