Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

85-PIRATAS NA UMBANDA

 



PIRATAS NA UMBANDA:

Alguns usam bandana, longos brincos e uma faixa branca na cintura, e sem camisa, o que demonstra não ser militar e nem tampouco mercante e sim um bucaneiro, um corsário ou afins.
Mulheres com saias pesadas e longas, ou calças largas e largos cintos na cintura, bandana ou lenços nos cabelos, espada e facas nas mãos.
O surgimento de novas linhas de trabalho se deve ao amadurecimento da Umbanda e o estudo aprofundado da liturgia, e a cada passo que aprendemos mais, novas oportunidades se abrirão.
É inevitável que existe diversos espíritos que buscam o auxilio espiritual e a evolução acima de tudo, um médium pode trabalhar em media com 10, 20 guias espirituais, o que seria muito pouco mediante a vastidão de habitantes no outro plano, com isso, novos arquétipo surgem ou até mesmo a individualidade dos mesmos, como os tropeiros que já mencionei, a linha dos marinheiros, a linha dos malandros, dos quais muitos são muito parecidos com baianos, exus ou até mesmo juremeiros, e agora essa subdivisão da linha das águas, a linha dos piratas.

DA PIRATARIA:

Podemos compreender a grosso modo que os piratas seriam uma mistura do arquétipo de escravos, malandros e homens e mulheres do mar, do cais, e muitos viam a pirataria como uma forma de sair da escravidão, muitos piratas eram escravos que foram melhor aproveitados pelos capitães e contramestres pela sua força ou pela sua disposição de trabalho, muitos viam a pirataria também como uma forma melhor de ganhar dinheiro, sair da vida pobre e condenada das quais eram submetidos, muitos prefeririam dar a vida nos mares a viver como proletários e até escravos na Terra, outros viam como forma de ganhar dinheiro fácil e outros apenas pela paixão de aventura e pelo conhecimento de novas terras.
Entre os piratas, existiam outras classes como bucaneiros, flibusteiros, corsários, que eram piratas, porém endossados pelo governo, recebiam aval de um determinado governo para saquear a favor deles ou até mesmo como forma de isentá-los (o país que assinou) de maiores problemas, seriam um certo tipo de agrado.

PIRATAS NA UMBANDA

Com o tempo, algumas linhas de Umbanda vão surgindo e abrindo um novo campo de trabalho bem específico dentro de nossa religião.
Foi assim com a linha de baianos, boiadeiros, marinheiros, bombogira e exu-mirim, que foram revelados pelo tempo nos templos de Umbanda.
Eis que mais uma linha se apresentou para trabalhar na Umbanda: a Linha dos Piratas!
A Linha de Piratas tem uma atuação muito especifica, pois trabalha o nosso embaixo, os nossos sentimentos enterrados e perdidos com o tempo. Os piratas dizem: “Ajudamos vocês a limparem o vosso porão íntimo e encontrar seus tesouros perdidos.” Trabalham também muito forte na quebra de demandas.
Na Umbanda, se apresentam na vibração de Iemanjá, porém sempre quando chegam dizem: “Salve o Sr. do Fundo do Mar” (a vibração original dos piratas é de Olokun, Pai de Iemanjá, segundo a cultura nagô yorubá).
Muitas outras linhas se abriram na Umbanda com o decorrer do tempo, e devemos ter respeito e bom senso quando estudarmos essas linhas de trabalho.
Os piratas trabalham de forma mais densa que os marinheiros, seria como se fosse guias de esquerda que atuam na corrente das águas,
Às vezes fica evidente como a espiritualidade nos prepara silenciosamente para novos aprendizados, novos arquétipos.
Silenciosamente a espiritualidade envia guias que se encaixam de certa forma no arquétipo daquela linha de trabalho, mas ela nos induz a abrir a gama de trabalho fazendo com que esse guia que seria um “baiano”, um “marinheiro”, na verdade é um malandro, um mestre juremeiro e até mesmo um pirata, o que consequentemente nos induz a trazer uma nova linha de trabalho dentro dos terreiros.
Algumas casas particularmente já trazem essa linha antes ou depois do trabalho dos marinheiros, existem poucos pontos também em torno da linha, mas se for mais uma vasta falange de bons trabalhadores, que sejam bem vindos, por que não?
Muitos trabalham com elementos mais densos como pólvoras, velas escuras, bebidas mais fortes e charuto. Assim é a forma de trabalho dos piratas da Umbanda, trazem a polaridade negativa de toda a energia aquática.

Fontes:
http://www.umbandadochico.com.br/blog/2015/03/15/linha-dos-piratas-na-umbanda/

 


CURIOSIDADES:


PARA OS QUE AFIRMAM QUE NÃO É POSSIVEL MULHERES NA LINHA DE MARINHEIROS E PIRATAS NA UMBANDA VEJAMOS O QUE DIZ A HISTÓRIA TERRENA: 


CINCO MULHERES PIRATAS NA HISTORIA TERRENA:

1 – Anne Bonny

Essa irlandesa nascida em 1698 acabou se tornando um ícone da Era de Ouro da Pirataria, como o período entre 1650 e 1730 ficou conhecido. Anne não só não era uma pessoa muito amigável como acabou se casando com um pirata, James Bonny. O casório, que ia contra as preferências do pai da noiva, fez com que Anne fosse deserdada.
Depois de romper totalmente com sua família, Anne e o marido se mudaram para Bahamas, em uma região que, à época, era conhecida como “República dos Piratas”. Lá, o casamento acabou não durando muito tempo.
Depois da separação, Anne passou a ser amante de Calico Jack Rackham. A relação logo ficou mais séria e os dois compraram um navio que batizaram de Vingança. Em 1720, o navio de Anne e seu novo companheiro foi capturado, ainda que a irlandesa e sua valente amiga Mary Read tenham lutado contra o exército inglês.
Anne culpou Rackham pelo acontecido. As últimas palavras que ela disse a ele, quando todos já estavam na prisão, foram “sinto muito por vê-lo aqui, mas se você lutasse como um homem, não seria enforcado como um cachorro”.
Rackham, de fato, foi condenado ao enforcamento. Anne, como estava grávida, teve sua sentença adiada e, na verdade, não há registros do que aconteceu com ela e de como ela possa ter sido condenada. Alguns acreditam que o pai dela pagou uma quantia valiosa para que a filha fosse liberta.

2 – Mary Read

Como você viu na história acima, a melhor amiga de Anne era Mary Read, uma inglesa que, diferente da amiga, fazia questão de não se apresentar como mulher e, por isso, se vestia como se fosse homem. O costume veio desde cedo, quando a mãe de Mary a vestia com as mesmas roupas de seu irmão que tinha morrido, para enganar a avó do garoto e conseguir algum dinheiro. Mary chegou a fazer parte do exército britânico, onde se alistou como Mark Read.
Ela chegou a viver um romance com um soldado flamengo e, quando seu amado morreu, Mary resolveu seguir para as Índias Ocidentais. Durante a viagem, seu navio foi invadido por piratas no meio do caminho. Eles acabam a convencendo a se juntar ao bando.
Vestida como homem, Mary partiu com Anne Bonny e Calico Jack no navio Vingança, em 1720. Há quem diga que apenas Anne e Mary sabiam que Mary era mulher. Um dos tripulantes viria a descobrir o segredo de Mary, e ela acabou se relacionando com esse homem.
Quando o Vingança foi capturado pelo caçador de piratas Capitão Jonathan Barnet, Mary fez como a amiga Anne e disse que estava grávida. O apelo, contudo, não teve muito efeito e Mary foi presa do mesmo jeito. Ela morreu em abril de 1721, de febre, na cadeia.
Se quer saber mais sobre essas duas mulheres piratas acesse:

ANNE E MARY - piratas mulheres

3 – Sadie Farrell

Essa pirata norte-americana do século XIX era conhecida pela violência extrema com a qual agia. Era conhecida como sádica e costumava golpear suas vítimas na cabeça, sem qualquer tipo de piedade. Ela chegou a ser expulsa de Manhattan depois de uma briga violenta com Gallys Mag, que arrancou um pedaço da orelha de Sadie com uma mordida.
O pedaço perdido da orelha foi usado pela pirata como um medalhão, que ela usava pendurado ao pescoço e carregava consigo para todos os lugares, como símbolo de sua bravura.
Para fugir da cidade, Sadie procurou uma nova quadrilha. Ela se tornou pirata em 1869, quando conseguiu formar uma tripulação e, com a ajuda dos novos parceiros, fazia assaltos cada vez maiores e mais arriscados. Depois de algum tempo, Sadie voltou para Manhattan, onde acabou fazendo as pazes com Gallus Mag.

4 – Jeanne de Clisson

A história dessa mulher é um verdadeiro conto recheado de tragédias, vingança e um pouco de exibicionismo. Casada com Olivier III de Clisson, Jeanne era mãe de cinco filhos e uma verdadeira dama da sociedade. Quando a guerra por territórios começou entre a Inglaterra e a França, porém, o marido de Jeanne foi condenado por traição e, como pena, deveria ser decapitado. A condenação do marido fez com que Jeanne prometesse vingança ao então rei da França, Philip VI.
A viúva vendeu todas as terras da família e, com o lucro do negócio, comprou três navios de guerra, que ela pintou de preto, cobriu com velas tingidas de sangue e montou uma tripulação com marinheiros cruéis e sem misericórdia. A embarcação navegou pelo Canal Inglês de 1343 a 1356, capturando todos os navios vindos da França, decapitando tripulações inteiras sem pensar duas vezes.
Os tempos de revolta de Jeanne terminaram relativamente cedo. Ela chegou a se casar novamente e voltou a viver em terra, na Inglaterra. Acredita-se que Jeanne morreu em 1359. Há quem diga que o fantasma de Jeanne assombra o Castelo de Clisson até hoje.

5 – Anne Dieu-le-Veut

Essa francesa passou maus bocados na ilha caribenha de Tortuga, onde enviuvou duas vezes e acabou se casando com o homem que matou seu segundo marido. Anne quis vingar a morte do marido e chamou o assassino, o holandês Laurens de Graaf, para um duelo. Encantado com a bravura e a força da mulher, em vez de lutar com ela, de Graaf a pediu em casamento. O casal teve dois filhos.
Anne e o marido eventualmente começaram a viajar juntos, no mesmo navio, ainda que muitos piratas homens considerassem a presença feminina em navios causadora de má sorte. A relação de Anne e seu novo marido pode ser comparada com o a de Anne Bonny e Calico Jack, parceiros inseparáveis.
Não se sabe ao certo o que aconteceu no fim da vida de Anne. Em uma das versões, de Graaf teria morrido atingido por uma bala de canhão. Há, no entanto, quem acredite que o casal fugiu para o Mississipi. Alguns dizem que a personalidade lutadora, confiante e forte de Anne tenha passado para uma de suas filhas, que também teria sido pirata.


CONCLUSÃO: tanto homens como mulheres que viveram no mar e pelo mar podem sim vir a trabalhar na umbanda. Afinal, todos estamos aqui, encarnados e desencarnados para evoluir e trabalhar na caridade, dentro da Lei Divina, sempre procurando aprender com os espíritos mais evoluídos.

16 comentários:

  1. MUITO INTERESSANTE , EU SOU MÉDIUM DE LINHA A 7 ANOS E SEMPRE TRABALHEI COM UM MARUJO QUE SE DENOMINA JOÃO BUCANEIRO , TEM SEU PONTO RISCADO E CANTADO LOGO QUANDO SE APRESENTOU EM TERRA , TRABALHA COM UM CHAPEL DE PIRATA , ESPADA E UMA CORDA TRANSADA AZUL , PRETA E BRANCA E A GUIA DELE É PRETA COM 21 CONTAS AZUIS .


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    1. grata por compartilhar sua experiência, é muito importante pra mim, axé

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  2. Amei as histórias. Temos q estar abertos a aprender sempre. Conhecimento nunca é demais! Salve todas as linhas da Umbanda!

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  3. Amei as histórias. Temos q estar abertos a aprender sempre. Conhecimento nunca é demais! Salve todas as linhas da Umbanda!

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  4. Eu trabalho com um pirata ele se chama marujo muito bom tras bons resultados

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  5. Eu tenho sonhado com um espírito que é de uma pirata, ainda não sei o nome, mas vou procurar saber, só sei que ela usa um lenço branco na cabeça, calça masculina marrom, um corselete marrom e blusa branca com mangas soltas, se diz cigana bucaneira dos mares, fala espanhol e traz duas facas nas mãos, você sabe me dizer quem é ela. Tem cabelo negros e, é muito bonita, e tem também um tapa olho marrom.

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  6. Salve a corrente do povo das águas dos mares que tem aparecido e muito em nossos terreiros para a pratica da caridade....

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  7. Sonhei com um nome: João Pirata. Alguém sabe algo sobre ele?

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  8. Sim, trabalho em uma casa onde uma de nossas médiuns trás esse guia. Arquétipo imponente, tem como característica o hábito de coçar a cabeça e o rosto (barba) por conta dos piolhos qdo encarnado.

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  9. Muito bom essa história de muito tempo amei

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  10. Adorei! Espero que sejam entendidos e respeitados!Salve!

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  11. Meu nome é Valéria me interessei pela história pq trabalho com uma entidade que vem poucas vezes na gira de marinheiro ,qdo ela se apresentou o nome que ela deu foi de Canoeira aparenta ser muito bonita, envolvente, charmosa e chega dançando muito, tanto que no terreiro chegaram a confundir ela com uma Pombogira.
    Mais um certo dia o Marujo da mãe de santo da casa apresentou a entidade para o povo dizendo ser a 1a Canoeira em terra a ter pisado no terreiro por ser muito raro mediuns trabalhar com essa falange eu sem saber de nada achei muito interessante por isso quiz apreender mais a história dos piratas.
    Como trabalho com marujo 7 ondas cuido mais dele do que dela, mas agora estou cuidando dos dois salve a marujada.

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  12. Eu trabalho com capitáo baltazar. Trabalha com su filho barrabas

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  13. Bom dia, muito lindo e admirado o texto sobre esta linha, fazem 4 anos que sou medium de incorporacao,com 42 anos, mas já avia frequentado a umbanda dos 12 aos 20 anos e sai, hoje conforme a evolução denteo do terreiro veio a apresentar um boiadeiro que até então eu não trabalhava com esta linha e na última gira de baiano e marinheiros onde eu trabalho com baiano Zé do Coco, falaram que ele deu passagem a outro guia das águas, e então veio e se manifestou este guia chegando em uma perna só, dançando girando dentro de um equilíbrio Dando o nome de João das Águas, como pirata e dando seu ponto, que por sinal é muito bonito, algo que nu cá tinha nem imaginado, digo que fiquei assustado após tudo isto. mas a evolução está aí, e temos que ter a humildade de não nos engrandecer devido aos novos acontecimentos que ocorre a cada ciclo dentro do terreiro, pois sabemos que cada nova linha que se manifesta é para agrupar e equilibrar a energia que ali se manifesta. sandro.

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    1. Nossa que legal, vc poderia nos dizer sobre o ponto riscado dele🦋❤️🥰

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  14. Eu trabalho há anos com Maré Alta e não sei nada dele. Alguém pode informar algo???

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