Dança dos Orixás Jerry D'oxossi

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

87- UMBANDA NÃO É CANDOMBLÉ. INICIAÇÃO, ORIXÁS E QUIZILAS.

UMBANDA

CANDOMBLÉ


Umbanda não é Candomblé. Iniciação - Orixás – Quizilas


Vamos abordar mais três conceitos que aprofundam as diferenças entre umbanda e candomblé.

O primeiro é a INICIAÇÃO:

Na umbanda o médium é batizado. Independente de seu orixá de frente, o batismo é sempre a obrigação de Oxalá e feito em Seu Nome. Não existe batismo em Xangô ou Oxóssi, por exemplo. O batismo é a obrigação mais simples e nele o médium recebe uma guia branca que, pelo simbolismo que carrega, deve ser a mais simples também.

No candomblé a iniciação é feita quando o iniciado ‘raspa’ para o santo, fica recolhido na camarinha e aprende a liturgia de seu orixá. Um filho de Xangô, por exemplo, é preparado para se tornar um veículo no qual Xangô possa se manifestar. Não há batismo no candomblé e não há feitura de santo na umbanda.

Segundo: os ORIXÁS:

Outra diferença entre as duas religiões é na questão dos orixás. Embora ambas dem o nome ‘orixá’ a determinados seres, a idéia a que se referem não é a mesma.

No candomblé os orixás são personificações das manifestações da energia primordial na natureza, porém, bastante humanizadas.
Na umbanda os orixás são princípios mais cósmicos. Embora também presentes na natureza, os orixás são vistos como menos particularizados.  

Um exemplo é Iansã, que no candomblé é uma mulher voluptuosa, sensual, às vezes encrenqueira. Na umbanda Iansã é uma manifestação energética jovial, pura, ligada aos primeiros raios de Sol pela manhã. Na linha de Iansã trabalham os espíritos puros e os encantados, que nunca tiveram existência material. Um outro exemplo bem grande são os erês, que na umbanda são entidades e no candomblé é apenas um estado em que, durante sua iniciação, o iniciado assume atitudes infantis. No candomblé o iniciado faz suas oferendas ao seu orixá. Na umbanda são dadas as obrigações ( oferendas- nota da blogueira) a todos os orixás, independente do orixá de cabeça.

Obs.: nota da blogueira: ver artigo 29, O que são Orixás na Umbanda, publicado dia 24/03/2015, nesse blog.

Terceira questão: QUIZILAS

Outra questão polêmica é a da quizila, a incompatibilidade energética dos orixás no candomblé. Filhos de Xangô têm quizila com banho de pipoca por conta de sua rivalidade com Obaluaê.
Na umbanda não existe quizila. As imagens de Xangô, Ogum e Obaluaê são inclusive vistas muitas vezes, juntas no altar. A incompatibilidade energética dos orixás na umbanda são a ignorância, as injustiças e a maldade. Mas um orixá não tem atritos com o outro. São categorias energéticas primordiais que trabalham sempre em harmonia umas com as outras e todas juntas para o bem maior, que é a caminhada de todos os seres rumo à evolução.
Não estamos dizendo que candomblé seja melhor que umbanda ou vice versa. Estamos dizendo que são religiões diferentes, com fundamentos próprios (desconhecidos muitas vezes até por sacerdotes) e cuja compreensão das diferenças diminui a chance de equívocos como a idéia de um filho de umbanda ter sido iniciado no orixá errado. Isso não é possível na umbanda, já que todos são iniciados em Oxalá, representado pelo branco, que é a soma de todas as cores.

Saravá, Irmãs e Irmãos de Fé!

86- ORIXÁS REGENTES DE 2016

OXALÁ E IEMANJÁ de Jerry D'Oxossi


Os Orixás Regentes de 2016

O ano de 2016 para nós umbandistas será o ano de OXALÁ e IEMANJÁ, o Pai e a Mãe maiores da Umbanda.
Em 2014 foi o ano de XANGÔ e IANSÃ. XANGÔ Senhor da Justiça, ano de julgamento de tudo e de todos os seres humanos. IANSÃ Senhora do Carma, da Lei em Ação, cumprindo seu papel junto a Xangô.  Nossos atos e comportamentos foram pesados, ponderados e julgados, para que em 2015, OGUM e EXU encarregados de executarem a Lei Divina, atuassem.  Não se esqueçam, o plantio é opcional, mas a semeadura é obrigatória; a Lei da Ação e Reação é implacável; não somos meras vítimas das circunstâncias, meros espectadores da vida, mas estamos no comando o tempo todo de nossas vidas, somos senhores de nossas escolhas.
Então devemos sempre vigiar e mudar nossos pensamentos, nosso comportamento, lutar para conseguir a reforma íntima, deixando pra trás o ódio, o ressentimento, a mágoa, o ciúmes, e inveja e toda negatividade e falhas que nos faz decair, perdoando nossos ofensores para também sermos perdoados de nossas falhas e podermos através da caridade, do amor ao próximo,  resgatar nossas dívidas e caminhar sempre para a evolução moral e espiritual.

O ano de 2016. Nesse ano que se inicia devemos nos conectar com a fé, a esperança, a fraternidade, a caridade, o amor, a paz, buscarmos o melhor de nós mesmos; um ano de maior espiritualidade. Ano do Pai Maior OXALÁ. Não se esqueçam, fomos devidamente julgados por nossos atos e estaremos colhendo tudo aquilo que foi plantado. Se for um ano de sofrimento e resgates, teremos Mãe IEMANJÁ mais atuante no segundo semestre, nos acolhendo e nos consolando, para que com essas experiências possamos crescer, melhorar, evoluir e encontrar o entendimento para a realidade espiritual. As coisas acontecerão mais lentas, mas não menos intensas. Ano de grandes resgates coletivos onde se fará necessário muita oração.

O ano seguinte, 2017, será o ano dos IBÊJIS. IEMANJÁ preparará os momentos finais de 2016 para o recebimento da energia leve e alegre da falange das crianças, que nos acompanhará durante todo o ano de 2017. 

Axé a todos meus irmãos de fé , Epa Epa Babá, Odoyá