PIRATAS NA UMBANDA:
Alguns usam bandana,
longos brincos e uma faixa branca na cintura, e sem camisa, o que demonstra não
ser militar e nem tampouco mercante e sim um bucaneiro, um corsário ou afins.
Mulheres com saias
pesadas e longas, ou calças largas e largos cintos na cintura, bandana ou
lenços nos cabelos, espada e facas nas mãos.
O surgimento de
novas linhas de trabalho se deve ao amadurecimento da Umbanda e o estudo
aprofundado da liturgia, e a cada passo que aprendemos mais, novas oportunidades
se abrirão.
É inevitável que
existe diversos espíritos que buscam o auxilio espiritual e a evolução acima de
tudo, um médium pode trabalhar em media com 10, 20 guias espirituais, o que
seria muito pouco mediante a vastidão de habitantes no outro plano, com isso,
novos arquétipo surgem ou até mesmo a individualidade dos mesmos, como os
tropeiros que já mencionei, a linha dos marinheiros, a linha dos malandros, dos
quais muitos são muito parecidos com baianos, exus ou até mesmo juremeiros, e
agora essa subdivisão da linha das águas, a linha dos piratas.
DA PIRATARIA:
Podemos
compreender a grosso modo que os piratas seriam uma mistura do arquétipo de
escravos, malandros e homens e mulheres
do mar, do cais, e muitos viam a pirataria como uma forma de sair da
escravidão, muitos piratas eram escravos que foram melhor aproveitados pelos
capitães e contramestres pela sua força ou pela sua disposição de trabalho,
muitos viam a pirataria também como uma forma melhor de ganhar dinheiro, sair
da vida pobre e condenada das quais eram submetidos, muitos prefeririam dar a
vida nos mares a viver como proletários e até escravos na Terra, outros viam
como forma de ganhar dinheiro fácil e outros apenas pela paixão de aventura e
pelo conhecimento de novas terras.
Entre os piratas,
existiam outras classes como bucaneiros,
flibusteiros, corsários, que eram
piratas, porém endossados pelo governo, recebiam aval de um determinado governo
para saquear a favor deles ou até mesmo como forma de isentá-los (o país que
assinou) de maiores problemas, seriam um certo tipo de agrado.
PIRATAS NA UMBANDA
Com o tempo, algumas linhas de Umbanda vão surgindo e abrindo um novo campo de trabalho bem específico dentro de nossa religião.Foi assim com a linha de baianos, boiadeiros, marinheiros, bombogira e exu-mirim, que foram revelados pelo tempo nos templos de Umbanda.
Eis que mais uma linha se apresentou para trabalhar na Umbanda: a Linha dos Piratas!
A Linha de Piratas tem uma atuação muito especifica, pois trabalha o nosso embaixo, os nossos sentimentos enterrados e perdidos com o tempo. Os piratas dizem: “Ajudamos vocês a limparem o vosso porão íntimo e encontrar seus tesouros perdidos.” Trabalham também muito forte na quebra de demandas.
Na Umbanda, se apresentam na vibração de Iemanjá, porém sempre quando chegam dizem: “Salve o Sr. do Fundo do Mar” (a vibração original dos piratas é de Olokun, Pai de Iemanjá, segundo a cultura nagô yorubá).
Muitas outras linhas se abriram na Umbanda com o decorrer do tempo, e devemos ter respeito e bom senso quando estudarmos essas linhas de trabalho.
Os piratas
trabalham de forma mais densa que os
marinheiros, seria como se fosse guias de esquerda que atuam na corrente
das águas,
Às vezes fica
evidente como a espiritualidade nos prepara silenciosamente para novos
aprendizados, novos arquétipos.
Silenciosamente a
espiritualidade envia guias que se encaixam de certa forma no arquétipo daquela
linha de trabalho, mas ela nos induz a abrir a gama de trabalho fazendo com que
esse guia que seria um “baiano”, um “marinheiro”, na verdade é um malandro, um
mestre juremeiro e até mesmo um pirata, o que consequentemente nos induz a trazer uma nova linha de trabalho dentro
dos terreiros.
Algumas casas
particularmente já trazem essa linha antes ou depois do trabalho dos
marinheiros, existem poucos pontos também em torno da linha, mas se for mais
uma vasta falange de bons trabalhadores, que sejam bem vindos, por que não?
Muitos trabalham
com elementos mais densos como pólvoras, velas escuras, bebidas mais fortes e
charuto. Assim é a forma de trabalho dos piratas da Umbanda, trazem a
polaridade negativa de toda a energia aquática.
Fontes:
http://www.umbandadochico.com.br/blog/2015/03/15/linha-dos-piratas-na-umbanda/
CURIOSIDADES:
PARA OS QUE AFIRMAM QUE NÃO É POSSIVEL MULHERES NA
LINHA DE MARINHEIROS E PIRATAS NA UMBANDA VEJAMOS O QUE DIZ A HISTÓRIA TERRENA:
CINCO MULHERES PIRATAS NA
HISTORIA TERRENA:
1 – Anne Bonny
Essa irlandesa nascida em 1698 acabou se
tornando um ícone da Era de Ouro da Pirataria, como o período entre 1650 e 1730
ficou conhecido. Anne não só não era uma pessoa muito amigável como acabou se
casando com um pirata, James Bonny. O casório, que ia contra as preferências do
pai da noiva, fez com que Anne fosse deserdada.
Depois de romper totalmente com sua família,
Anne e o marido se mudaram para Bahamas, em uma região que, à época, era
conhecida como “República dos Piratas”. Lá, o casamento acabou não durando
muito tempo.
Depois da separação, Anne passou a ser amante
de Calico Jack Rackham. A relação logo ficou mais séria e os dois compraram um
navio que batizaram de Vingança. Em 1720, o navio de Anne e seu novo
companheiro foi capturado, ainda que a irlandesa e sua valente amiga Mary Read
tenham lutado contra o exército inglês.
Anne culpou Rackham pelo acontecido. As
últimas palavras que ela disse a ele, quando todos já estavam na prisão, foram
“sinto muito por vê-lo aqui, mas se você lutasse como um homem, não seria
enforcado como um cachorro”.
Rackham, de fato, foi condenado ao
enforcamento. Anne, como estava grávida, teve sua sentença adiada e, na
verdade, não há registros do que aconteceu com ela e de como ela possa ter sido
condenada. Alguns acreditam que o pai dela pagou uma quantia valiosa para que a
filha fosse liberta.
2 – Mary Read
Como você viu na história acima, a melhor
amiga de Anne era Mary Read, uma inglesa que, diferente da amiga, fazia questão de não se apresentar como
mulher e, por isso, se vestia como se fosse homem. O costume veio desde
cedo, quando a mãe de Mary a vestia com as mesmas roupas de seu irmão que tinha
morrido, para enganar a avó do garoto e conseguir algum dinheiro. Mary chegou a fazer parte do exército
britânico, onde se alistou como Mark Read.
Ela chegou a viver um romance com um soldado
flamengo e, quando seu amado morreu, Mary resolveu seguir para as Índias
Ocidentais. Durante a viagem, seu navio foi invadido por piratas no meio do
caminho. Eles acabam a convencendo a se juntar ao bando.
Vestida
como homem, Mary partiu com Anne
Bonny e Calico Jack no navio Vingança, em 1720. Há quem diga que apenas Anne e
Mary sabiam que Mary era mulher. Um dos tripulantes viria a descobrir o segredo
de Mary, e ela acabou se relacionando com esse homem.
Quando o Vingança foi capturado pelo caçador
de piratas Capitão Jonathan Barnet, Mary fez como a amiga Anne e disse que
estava grávida. O apelo, contudo, não teve muito efeito e Mary foi presa do
mesmo jeito. Ela morreu em abril de 1721, de febre, na cadeia.
Se quer saber mais sobre
essas duas mulheres piratas acesse:
ANNE E MARY - piratas mulheres |
3 – Sadie Farrell
Essa pirata norte-americana do século XIX era
conhecida pela violência extrema com a qual agia. Era conhecida como sádica e
costumava golpear suas vítimas na cabeça, sem qualquer tipo de piedade. Ela
chegou a ser expulsa de Manhattan depois de uma briga violenta com Gallys Mag,
que arrancou um pedaço da orelha de Sadie com uma mordida.
O pedaço perdido da orelha foi usado pela
pirata como um medalhão, que ela usava pendurado ao pescoço e carregava consigo
para todos os lugares, como símbolo de sua bravura.
Para fugir da cidade, Sadie procurou uma nova
quadrilha. Ela se tornou pirata em 1869, quando conseguiu formar uma tripulação
e, com a ajuda dos novos parceiros, fazia assaltos cada vez maiores e mais
arriscados. Depois de algum tempo, Sadie voltou para Manhattan, onde acabou
fazendo as pazes com Gallus Mag.
4 – Jeanne de Clisson
A história dessa mulher é um verdadeiro conto
recheado de tragédias, vingança e um pouco de exibicionismo. Casada com Olivier
III de Clisson, Jeanne era mãe de cinco filhos e uma verdadeira dama da sociedade. Quando a guerra por territórios
começou entre a Inglaterra e a França, porém, o marido de Jeanne foi condenado
por traição e, como pena, deveria ser decapitado. A condenação do marido fez
com que Jeanne prometesse vingança ao então rei da França, Philip VI.
A viúva vendeu todas as terras da família e,
com o lucro do negócio, comprou três navios de guerra, que ela pintou de preto,
cobriu com velas tingidas de sangue e montou uma tripulação com marinheiros
cruéis e sem misericórdia. A embarcação navegou pelo Canal Inglês de 1343 a 1356, capturando
todos os navios vindos da França, decapitando tripulações inteiras sem pensar
duas vezes.
Os tempos de revolta de Jeanne terminaram
relativamente cedo. Ela chegou a se casar novamente e voltou a viver em terra,
na Inglaterra. Acredita-se que Jeanne morreu em 1359. Há quem diga que o
fantasma de Jeanne assombra o Castelo de Clisson até hoje.
5 – Anne Dieu-le-Veut
Essa francesa passou maus bocados na ilha
caribenha de Tortuga, onde enviuvou duas vezes e acabou se casando com o homem
que matou seu segundo marido. Anne quis vingar a morte do marido e chamou o
assassino, o holandês Laurens de Graaf, para um duelo. Encantado com a bravura
e a força da mulher, em vez de lutar com ela, de Graaf a pediu em casamento. O casal
teve dois filhos.
Anne e o marido eventualmente começaram a
viajar juntos, no mesmo navio, ainda que muitos piratas homens considerassem a
presença feminina em navios causadora de má sorte. A relação de Anne e seu novo
marido pode ser comparada com o a de Anne Bonny e Calico Jack, parceiros
inseparáveis.
Não se sabe ao certo o que aconteceu no fim
da vida de Anne. Em uma das versões, de Graaf teria morrido atingido por uma
bala de canhão. Há, no entanto, quem acredite que o casal fugiu para o
Mississipi. Alguns dizem que a personalidade lutadora, confiante e forte de
Anne tenha passado para uma de suas filhas, que também teria sido pirata.
CONCLUSÃO:
tanto homens como mulheres que viveram no mar e pelo mar podem sim vir a
trabalhar na umbanda. Afinal, todos estamos aqui, encarnados e desencarnados
para evoluir e trabalhar na caridade, dentro da Lei Divina, sempre procurando
aprender com os espíritos mais evoluídos.